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Dow Jones opera estável e é o retrato da cautela

Por Agencia Estado
Atualização:

Um manto de cautela cobre Wall Street nesse dia em que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), inicia sua reunião de dois dias, que deve culminar com a manutenção da taxa de juros básica nos EUA em 5,25% ao ano. O Dow Jones estava estável, em 12.116 pontos, às 12h39 (de Brasília). O S&P 500 cedia 0,13%, enquanto o Nasdaq indicava uma queda mais pronunciada de 0,37%, em razão do impacto das previsões da Texas Instruments. Os investidores optam pela defensiva diante da expectativa de que o comunicado do Fomc venha com um tom mais agressivo, já que os balanços divulgados pelas empresas norte-americanas retrataram uma economia relativamente sólida, capaz de alavancar as pressões inflacionárias que preocupam as autoridades monetárias. As ações da Texas Instruments cediam 1,8%, após a companhia com sede em Dallas sinalizar que seus negócios na área de semicondutores estão se desacelerando para abaixo da média sazonal e que espera um lucro na faixa de US$ 0,40 a US$ 0,46 por ação no quarto trimestre. A previsão dos analistas para o período é de um lucro de US$ 0,45 por ação. O prognóstico foi dado ontem à noite, quando a empresa informou que obteve um lucro de US$ 702 milhões (US$ 0,46 por ação) no terceiro trimestre, um aumento de 11% sobre o resultado registrado em igual período do ano passado, ajudado pelas vendas mais fortes de seus chips usados em telefones celulares e outros equipamentos eletrônicos. A receita cresceu 13% para US$ 3,76 bilhões no terceiro trimestre. A mediana das previsões dos analistas entrevistados pela Thomson First Call era de um lucro de US$ 0,45 por ação sobre uma receita de US$ 3,8 bilhões. As ações da DuPont eram negociadas em alta de 2,4%, após o conglomerado químico ter voltado a registrar lucro, em razão das vendas melhores e da redução de seus custos fixos. A despeito dos custos maiores com matérias-primas, a DuPont auferiu lucro de US$ 485 milhões, ou US$ 0,52 por ação, revertendo o prejuízo de US$ 82 milhões, ou US$ 0,09 por ação, do terceiro trimestre de 2005. Excluindo itens, o lucro da empresa foi de US$ 0,49, superando o ganho de US$ 0,45 por ação previsto por analistas. O faturamento cresceu 7%, para US$ 6,31 bilhões, em linha com a previsão dos analistas. A Lucent subia 5%, com as compras impulsionadas pelo lucro e faturamento que superaram a previsão. A fabricante de equipamentos de telecomunicações lucrou US$ 371 milhões, ou US$ 0,07 por ação, um resultado praticamente estável ante os US$ 371 milhões, ou US$ 0,07 por ação, do mesmo trimestre de 2005. O faturamento cresceu 5%, para US$ 2,56 bilhões. Os analistas consultados pela Thomson First Call previam lucro de US$ 0,04 por ação e faturamento de US$ 2,39 bilhões. A Pfizer, outra ação integrante do índice Dow Jones, cedia 2,1%, após o UBS rebaixar a recomendação para o papel de "compra" para "neutro". O banco de investimentos citou vários motivos para o rebaixamento, incluindo o atraso no lançamento nos EUA do Exubera, um medicamento para diabetes. As informações são da Dow Jones.

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