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Economia chinesa recua e derruba bolsas da Europa

Na China, o índice de gerentes de compras, o PMI,  industrial recuou em março para 48,1, menor nível em oito meses

Por Sergio Caldas e com informações da Dow Jones Newswires
Atualização:

As bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, 24, a maioria com perdas superiores a 1%, após uma série de indicadores fracos de atividade da China, da zona do euro e dos Estados Unidos, e também pressionadas pelas ações em Nova York, que reagiram com forte desvalorização a comentários de um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre normalização monetária. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,07%, encerrando o dia a 324,39 pontos.Na China, o índice de gerentes de compras (PMI) industrial recuou em março para 48,1, menor nível em oito meses, segundo dados preliminares do HSBC. A queda, porém, acabou alimentando a especulação de que Pequim terá de adotar novas medidas para tentar reverter a tendência de desaceleração da segunda maior economia do mundo.Na zona do euro, os PMIs também decepcionaram, mas permaneceram acima do nível de 50, o que indica expansão da atividade. O PMI composto do bloco, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 53,3 em fevereiro para 53,2 em março, enquanto o indicador equivalente da Alemanha recuou de 56,4 para 55,0, atingindo o menor patamar em três meses. Na França, por outro lado, o mesmo índice saltou de 47,9 em fevereiro para 51,6 em março, o maior nível em 31 meses.Já o PMI industrial dos EUA caiu para 55,5 na leitura preliminar de março, de 57,1 na leitura final de fevereiro, que havia sido a mais alta em 45 meses.Além dos PMIs, a Europa foi influenciada pela queda das bolsas de Nova York após o presidente da distrital do Fed (o banco central dos EUA) em São Francisco, John Williams, prever que as compras de ativos do BC norte-americano vão terminar no fim de 2014 e que a instituição se aproximará de uma política normalizada no fim de 2016. Williams não vota nas reuniões de política monetária do Fed neste ano.A questão da Ucrânia permaneceu em segundo plano hoje, mas os investidores na Europa acompanham os desdobramentos da crise no Leste Europeu. O governo ucraniano ordenou a retirada de tropas restantes na Crimeia após a invasão de instalações militares locais por soldados russos no fim de semana. No último dia 16, a península do sul ucraniano decidiu abandonar a Ucrânia e voltar a integrar a Rússia. Além disso, o G-7 vai discutir a situação da Ucrânia mais tarde, na cidade holandesa de Haia, e há receios de que Moscou tenha planos expansionistas para outras ex-repúblicas soviéticas, como a Moldávia.Em Londres, o índice FTSE chegou ao fim da sessão com perdas de 0,56%, a 6.520,39 pontos. No mercado francês, o CAC 40, das ações mais negociadas em Paris, caiu 1,36%, a 4.276,34 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX recuou 1,65%, a 9.188,77 pontos. Na bolsa espanhola, o IBEX 35 cedeu 1,39%, a 9.913,10 pontos.Na Itália e Portugal, os principais índices acionários fecharam nas mínimas do dia. Enquanto o FTSE-Mib, de Milão, registrou queda de 1,65%, a 20.626,58 pontos, o PSI 20, de Lisboa, caiu 1,20%, a 7.377,72 pontos.

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