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Em abril, indicador de apetite a risco tem pior mês desde 2016

Em queda desde o início do ano, o indicador de apetite pelo risco, calculado pela CVM, registrou o nível mais baixo desde o início da série histórica

Por Renata Batista
Atualização:

RIO - Em queda desde o início do ano, o indicador de apetite pelo risco, um dos cinco calculados pela Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos (ASA) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), registrou em abril o nível mais baixo desde o início da série histórica, em agosto de 2016.

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Com isso, o indicador, que sempre foi mais alto, se aproximou dos outros quatro índices calculados pela autarquia – risco macro, risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez -, que têm tendência de alta.

Em queda desde o início do ano, o indicador de apetite pelo risco, calculado pela CVM, registrou o nível mais baixo desde o início da série histórica Foto: Fabio Motta/Estadao

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A análise da assessoria da CVM indica que, em abril, a queda no apetite pelo risco deve-se principalmente a fatores externos. No componente de renda fixa, foi puxada pelo comportamento do spread entre as taxas pagas nos títulos de países emergentes quando comparados aos títulos do Tesouro americano. Já em renda variável, os índices de ações das economias avançadas caíram até mais do que os do Brasil e de outras economias emergentes no período.

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O cenário externo também impacta negativamente nos outros quatro indicadores. O movimento de alta e inversão na curva de juros americana afetou os mercados emergentes como um todo, não apenas o Brasil. As operações de carry-trade – pegar recursos a juros baixos em um país para aplicar em outro vem perdendo rentabilidade em ritmo acelerado nos mercados emergentes. O investimentos em dívida corporativa nesses países também se tornou menos rentável. De forma geral, as moedas de países emergentes vêm se desvalorizando contra o dólar americano, principalmente as dos latino-americanos.

“É possível que os indicadores de risco de mercado, liquidez e crédito sejam pressionados para cima nas próximas edições em função da conjuntura observada no mês”, afirma Rafael Hotz, analista da ASA.

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