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Em compasso de espera, Bolsa segue sem tendência definida

Às 12h02, o Ibovespa registrava valorização de 0,08% aos 66.374 pontos, após ter alcançado a máxima de 66.613 pontos (+0,44%) e a mínima de 66.194 pontos (-0,19%)

Por Beth Moreira e da Agência Estado
Atualização:

Após acumular alta de mais de 6% na semana passada, a Bovespa opera sem direção definida nesta segunda-feira. Algumas construtoras são destaque entre as altas, enquanto ALL e empresas de varejo puxam as baixas. Às 12h02, o Ibovespa registrava valorização de 0,08% aos 66.374 pontos, após ter alcançado a máxima de 66.613 pontos (+0,44%) e a mínima de 66.194 pontos (-0,19%). O volume financeiro continua fraco, o que mostra que não há dinheiro novo no mercado. O giro financeiro era de R$ 1,31 bilhão, com previsão de R$ 4,49 bilhões para o fechamento. No mesmo horário, o Dow Jones subia 0,47% e o S&P 500 registrava alta de 0,60%. O gerente da mesa de operações da HSBC Corretora, Frederico Soares, avalia que a tendência é de uma realização de lucros com ações que subiram na última semana e valorização de papéis que ficaram para trás. "Além disso, parece que investidores estão se mantendo na retaguarda à espera dos balanços do segundo trimestre", avalia. Aqui no Brasil, a temporada de balanços ganha força nesta semana com a apresentação dos resultados financeiros de pelo menos 20 companhias. Hoje, M. Dias Branco e Lojas Marisa abrem a agenda de apresentações, que trará ainda Pão de Açúcar amanhã; Bradesco e Vivo na quarta-feira; e Santander, Usiminas, Vale e Oi um dia depois. A divulgação da ata da última reunião do Copom, na quinta-feira, também deve ser monitorada pelos agentes, em meio às expectativas de um ciclo menos agressivo de alta dos juros básicos. O setor de construção, que subiu nas últimas semanas, beneficiado pela divulgação de prévias de resultados acima do esperado, continua o rali, desta vez, com a expectativa dos balanços completos. MRV sobe 2,40% e lidera a lista de maiores altas do Ibovespa. Rossi também aparece no grupo com valorização de 1,00%. Outras empresas do setor também sobem: Gafisa (+0,54%), PDG (+0,38%), Cyrela (+0,04%) e Even (+0,13%). Fibria avança 1,60% e também figura entre as maiores altas do Ibovespa. Soares, da HSBC, lembra que a empresa tem um endividamento alto, o que fez muitos investidores fugirem do papel em um cenário de aversão generalizada ao risco. "Agora, com uma melhora do mercado, a ação da empresa tende a ser beneficiada e apresentar recuperação", avalia. Figuram ainda na lista de maiores altas Redecard (+1,14%), Braskem PNA (+0,98%), LLX (+0,85%) e Souza Cruz (+0,65%). Empresas de varejo são destaque entre as maiores baixas do Ibovespa. B2W recua 1,91% e lidera a lista. Também aparecem no grupo Lojas Americanas, que cai 1,03%, e Lojas Renner, com 0,63%. All recua 1,88%. Operadores lembram que B2W, Lojas Americas e ALL, principalmente, subiram bastante na última semana e agora passam por uma realização de lucros. Também aparecem entre as maiores baixas Oi (ex-Telemar) PNA (-0,92%), Bradespar (-0,55%), Gol (-0,76%) e Eletropaulo PNB(-0,64%). Vale e Petrobrás As ações da Vale andam de lado nesta segunda-feira com as PNA subindo 0,07% e ON avançando 0,06%. Mais cedo os metais básicos operavam com leve alta, acompanhando o movimento do mercado de ações, enquanto o fortalecimento do euro evita pressão sobre os preços. As siderúrgicas operam com sinais divergentes: Gerdau (-0,19%), Gerdau Metalúrgica (+0,16%), Usiminas PNA (+0,15%), Usiminas ON (-0,43%) e CSN (+0,07%), parecendo não refletir a notícia de que cerca de 20 siderúrgicas chinesas aumentaram seus preços na semana passada, segundo informações da agência de notícias estatal Xinhua. O aumentodos preços do aço, observado de perto como um indicador da expansão da economia, interrompe três meses de queda na cotação desses insumos. Petrobrás PN avança 0,14% e ON sobe 0,03%. Hoje o preço do petróleo na Nymex eletrônica apresenta leve queda para a casa dos US$ 78,90 o barril. OGX, do empresário Eike Batista, registra ganhos de 0,39%.