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Em terceira queda seguida, dólar fecha a R$ 3,01

Influenciada pelo cenário externo, moeda americana caiu 0,99%; em um mês, dólar registra queda de 7,27%, mas no acumulado do ano apresenta alta de 13,37%

Por Álvaro Campos
Atualização:

O dólar caiu nesta quinta-feira, em linha com o movimento do exterior, onde a divisa norte-americana perde espaço para as demais moedas, após indicadores negativos da economia dos EUA.

O dólar à vista no balcão terminou a sessão com queda de 0,99%, cotado a R$ 3,0100, o menor valor desde 5 de março. Na mínima durante as negociações do dia, chegou a cair brevemente abaixo de R$ 3,00. Por volta das 16h30, o volume negociado era de US$ 875,67 milhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para maio perdia 0,71%, a R$ 3,0235. O giro era de US$ 15,01 bilhões.

Influenciada pelo cenário externo, moeda americana caiu 0,99% Foto: Divulgação

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Dos indicadores dos EUA divulgados nesta quinta-feira, as construções iniciadas de moradias subiram 2,0% em março, quando a previsão era de alta de 15,9%. Já os pedidos semanais de auxílio-desemprego avançaram para 294 mil, contra estimativa de 280 mil. O único dado um pouco melhor foi o índice de atividade regional do Federal Reserve da Filadélfia, que subiu para 7,5 em abril, quando os analistas esperavam uma leitura de 7,2.

Entre os "Fed boys", por um lado, o presidente da distrital de Atlanta, Dennis Lockhart, afirmou que, quanto mais o BC esperar para elevar os juros, mais os indicadores econômicos vão confirmar as previsões e o caminho da normalização será mais previsível. E o chefe de Boston, Eric Rosengren, disse que "nenhuma das condições foi alcançada" para elevar os juros. Já a comandante da regional de Cleveland, Loretta Mester, comentou que estaria de acordo com um aumento de juros "relativamente breve" se os indicadores apoiarem essa possibilidade.

O viés de baixa do dólar ante o real também refletiria, na opinião do operador de tesouraria de um banco estrangeiro, expectativas majoritárias no mercado de renda fixa em torno de uma nova alta de 0,50 pontos porcentuais da taxa Selic, para 13,25% ao ano, na reunião do Copom no fim deste mês (dias 28 e 29 de abril).

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