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Empresa que comprou Cteep continua de olho na América Latina

Por Agencia Estado
Atualização:

A empresa colombiana Interconexión Eléctrica (ISA) assume hoje o comando da Companhia de Transmissão Paulista (Cteep) com o firme propósito de expandir sua presença internacional de olho em oportunidades da América Latina. Nos últimos cinco anos, a ISA investiu US$ 1 bilhão, uma média de US$ 250 milhões a US$ 300 milhões por ano, e pretende manter esse ritmo. No Brasil, além de comprar o controle da Cteep, a empresa está qualificada para participar dos sete lotes de linhas de transmissão no leilão a ser realizado em 18 de agosto. O gerente geral da ISA, Javier Gutiérrez, diz que tem interesse em todas as linhas ofertadas, mas admite que os lotes B e C são mais interessantes para a empresa, por fazerem a ligação com duas subestações da Cteep localizadas em Ribeirão Preto. Gutiérrez não quis revelar o total de investimentos a serem feitos no Brasil. "Quando as oportunidades surgem, nós aproveitamos", afirma, lembrando que a empresa já havia tentado entrar no Brasil ao disputar linhas de transmissões novas do último leilão, mas foi derrotada. A Argentina é o próximo alvo da ISA. A empresa vai disputar em leilão a concessão para uma linha de interligação entre duas regiões daquele país. "Se vamos ganhar não sabemos, mas estamos atentos a todas as oportunidades na região", afirma. A companhia também está na disputa de uma linha de transmissão na Bolívia, um investimento considerado pequeno pelo executivo. Com todos os seus negócios concentrados no segmento de transmissão, a ISA pretende agora entrar para a área de gás natural. "Vamos atuar no transporte, porque é uma atividade parecida com a transmissão de energia", diz. O país de interesse ainda não está definido, mas o Brasil não está descartado. A forte presença da Petrobras pode dificultar um pouco. "É claro que a Petrobras é um grande concorrente e tem vantagens competitivas, mas não é um entrave", afirma. Ele explicou que a ISA ainda não iniciou as negociações para sua entrada na área de gás natural. "Por enquanto, é apenas uma vontade", diz.

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