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Entenda o consórcio: parece crédito, mas não é

Por Agencia Estado
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O consórcio, com muita freqüência, é analisado como alternativa de crédito e, por esse motivo, foi incluído nesta cartilha como uma opção de financiamento. Mas, rigorosamente, não pode ser comparado. Uma operação de crédito exige que o beneficiário comece a usufruir imediatamente dessa operação, seja pegando dinheiro vivo para gastar em algo que queira, seja na compra de um bem ou serviço a prazo. A pessoa está antecipando o usufruto de um bem ou serviço e, em troca, paga uma taxa de juros. No consórcio, a operação é diferente. Uma administradora reúne pessoas que tenham objetivos semelhantes, como comprar um carro. Essas pessoas contribuem mensalmente para um fundo que é usado para comprar o bem para um ou mais consorciados naquele período. Assim, aos poucos, todos vão recebendo seu bem. O detalhe é que o consorciado pode receber esse bem no primeiro mês ou no último, sendo que começou a pagar junto com todos. Como se vê, o dinheiro de cada um financia o benefício de todos, mas num período de tempo. Alguns somente vão começar a receber o benefício no final do grupo. Não é, portanto, crédito. Outro equívoco comum é comparar o custo do consórcio com o custo do crédito. Juro é a remuneração paga por quem está usufruindo um benefício antecipado. No consórcio, a taxa de administração é o valor pago para a administradora gerenciar o processo e assumir os riscos do negócio. A administradora não antecipa dinheiro algum. Quem antecipa são os consorciados, que aceitam as regras do jogo e não estão recebendo qualquer remuneração pelo dinheiro que foi usado na compra dos bens. Por esses motivos, é equivocado comparar taxa de administração com juros de financiamento, mas você precisa fazer essa comparação para decidir a melhor opção para a compra de um bem.

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