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ESPECIAL: Guarde contrato de financiamento e comprovantes

Por Agencia Estado
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Queixas contra instituições financeiras e estabelecimentos comerciais que oferecem crédito têm proliferado em todo o País. Em Belo Horizonte, a coordenadora do Procon, Stael Riani, informa que essas áreas têm concentrado 42% da demanda do órgão todos os meses e, para reduzir o porcentual, está em preparação uma cartilha para o crédito, a ser distribuída ainda neste semestre. "O consumidor precisa saber de seus direitos e deveres, além de ter consciência do que está assinando e da documentação que precisa guardar", declara Stael, dizendo que a cartilha é mais uma ação de caráter preventivo e educativo para que as pessoas saibam como proceder na hora da compra ou da contratação de serviços. Quanto a financiamentos e cálculos da quitação antecipada de valores, a coordenadora esclarece que a conferência de dados faz parte da rotina do Procon. "Não estamos aqui para fazer as contas, pois isso é obrigação do banco ou de quem concedeu o empréstimo, mas claro que fazemos a verificação dos números." Seja para o cálculo na financiadora do pagamento antecipado, seja para o ato de conferir essas contas no Procon ou com advogados e contadores, o consumidor precisa estar munido de documentação. Tudo começa pelo contrato do financiamento, em que devem constar o preço do produto ou serviço, a taxa anual de juros, o número e a periodicidade das prestações, além de algum encargo legal previsto. O documento precisa indicar ainda a soma total, com e sem financiamento. "Todos os boletos gerados e pagos devem ser arquivados, além disso, para o cálculo do pagamento antecipado, o consumidor pode exigir uma planilha da empresa", afirma Stael. De posse da documentação, fica fácil para um profissional confirmar se está tudo certo. Exemplo negativo A mineira Marilena Ferreira financiou em agosto do ano passado a compra de uma geladeira em dois anos. A moradora de Betim soube dizer que o preço à vista era "mais ou menos" R$ 2.230 e com o financiamento foi para "cerca de" R$ 3.240. "Não me recordo direitinho desses valores, mas sei que pago uma prestação de R$ 135 que vence todo dia 10." A viúva também contou que conseguiu um bico de garçonete nesta temporada de verão que lhe rendeu R$ 800. "E me disseram que era uma boa pagar antes pelo menos algumas parcelas, já que teria o desconto dos juros." Marilena, entretanto, que se assume desorganizada, não sabe onde ou se guardou o contrato de financiamento. De acordo com o professor de Finanças do Ibmec-RJ, Gilberto Braga, os dados disponíveis da dona-de-casa mineira não permitem fazer o cálculo do valor dos juros, "mas ela deve dar preferência a pagar as últimas parcelas". A coordenadora do Procon recomenda a ela que volte à loja onde fez a compra, peça uma segunda via do contrato e uma planilha de desconto das prestações que pretende quitar. Dica! Para obter telefones e endereços de órgãos de defesa do consumidor em todas as localidades do País, acesse o site www.portaldoconsumidor.gov.br e clique em "onde reclamar".

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