Ainda falta barraca e fogueira ao The Money Camp Brasil - O Acampamento do Dinheiro, em livre tradução - mas uma turma de 12 alunos começou a aprender, no mês passado, o bê-á-bá financeiro, no escritório da empresa, na capital paulista. A filial da empresa americana chega com planos de instalar franquias e a possibilidade de levar cursos para turmas fechadas em outros Estados. "Temos que estar onde o povo está", diz a diretora-executiva para o Brasil Silvia Alambert. Para garantir o dinamismo nas aulas, os oito professores - com formação em Economia, Matemática, História, Pedagogia e Psicologia - passam por aulas de teatro. "Eles aprendem a entonação de voz e a postura ideal para prender a atenção das crianças, de forma nada convencional", descreve Silvia. Neste estilo, os jovens aprendem sobre história do dinheiro, vocabulário financeiro e princípios econômicos do País. Criada há cinco anos nos Estados Unidos por Elisabeth Donati, a organização sem fins lucrativos arrecada doações para ensinar aos pequenos como conquistar a independência financeira. "Quando os jovens aprendem o caminho para a independência financeira, podem estar certos de que realizarão seus sonhos", diz Elisabeth em entrevista à Agência Estado. Ela destaca a importância do empreendimento no Brasil: "Quanto mais gente souber cuidar de si mesmo, sem precisar da ajuda do governo, mais forte o país". O jeito vibrante de ensinar atraiu a atenção da Secretaria de Educação da Califórnia, que incorporou o método The Money Camp aos padrões do ensino do Estado. Aqui no Brasil, o estilo começa a conquistar adeptos. Este ano, a Escola Castelo Branco, de São Paulo, vai oferecer aulas de educação financeira com a equipe do Money Camp como atividade extracurricular durante o ano letivo, com mensalidade de cerca de R$ 150. O curso exige investimento, mas a diretora garante que quer levar educação financeira para quem se interessar. "Se a pessoa não tiver como pagar, pode conversar conosco, e estudamos a possibilidade de bolsa de estudos", diz Silvia. A Money Camp pretende ainda capacitar professores da rede estadual de São Paulo sobre finanças. "O ensino não pode ser elitizado".