PUBLICIDADE

ESPECIAL: Use qualquer recurso extra para se livrar de prestações

Por Agencia Estado
Atualização:

Não deve pensar duas vezes quem tem dívida na praça e recebeu dinheiro de férias, fez um serviço por fora ou conseguiu algum provento extraordinário. O melhor é que a reação seja imediata: pegue os recursos e antecipe o que puder do seu endividamento. "Quem tem dinheiro na mão é melhor pagar do que deixar no banco em algum tipo de investimento, pois até a renda fixa oferece em torno de 1% ao mês, contra taxas de juros que vão de 3,5% até sabe lá quanto", observa o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira. "Se não for possível quitar a dívida, pelo menos antecipe", recomenda. O especialista dá como exemplo o financiamento de um automóvel de R$ 25 mil, em 60 meses e com uma taxa média de 3,5% ao mês, o que resultaria em 60 parcelas de R$ 1.002,22 e valor total de R$ 60.133,20. Segundo ele, a próxima parcela a vencer, se fosse quitada agora, ficaria em R$ 968,33, a seguinte em R$ 935,58, e a outra em R$ 903,95. "Quanto mais longo o período a vencer, maior o desconto", diz Oliveira. Ele reitera que o desconto vai depender do prazo que está sendo antecipado e da taxa de juros contratada. Se for uma taxa de 1%, cita o executivo, a equivalência financeira será menor. O baiano Luís Fernando Ribeiro financiou em outubro passado a compra de R$ 3.780 em material de construção. O eletricista disse que fez um carnê de 18 meses, com uma taxa de 4,5% ao mês, o que corresponde a uma prestação mensal de R$ 210. "Fiz uma fezinha dias atrás, ganhei R$ 2,6 mil e agora estou querendo me livrar das parcelas." O professor de Finanças do Ibmec-RJ, Gilberto Braga, informa que Ribeiro ainda deve R$ 2.730, considerando que já foram pagas cinco prestações (de outubro a fevereiro). "O valor presente para quitação antecipada seria de R$ 1.540,46, com a retirada dos juros, e o consumidor pode pleitear um desconto adicional", sugere. Mesmo que o desconto adicional não seja alcançado, já que não é obrigatório por lei, Braga afirma que se trata de um bom negócio fazer a antecipação. "Para não correr o risco de gastar o dinheiro, até porque a taxa contratada de 4,5% ao mês é cara para o patamar atual de taxas decrescentes."

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.