PUBLICIDADE

Publicidade

Estrangeiros ficam com 11% dos títulos brasileiros

Por Agencia Estado
Atualização:

Os investidores estrangeiros ficaram com 11% do total de títulos do Tesouro Nacional vendidos no mercado primário entre fevereiro e maio deste ano. As operações equivalem a R$ 9,7 bilhões. O coordenador da dívida pública, Ronnie Tavares, disse hoje que os títulos de longo prazo foram os mais procurados. Os investidores estrangeiros adquiriram 57% do total de títulos ofertados com vencimento acima de 10 anos (que incluem os papéis de 2015). Também ficaram com 25% dos títulos com vencimento entre 3 e 10 anos e com 4% daqueles com vencimento de até 3 anos. Do total das Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B, papéis atreladas ao IPCA) ofertadas de fevereiro a maio no mercado primário, os estrangeiros compraram 35% e apenas 6% dos papéis prefixados. Tavares disse que a procura foi maior no bimestre fevereiro e março, quando entrou em vigor a Medida Provisória 281, que desonerou de imposto de renda as operações para investidores estrangeiros. "Às vésperas da edição da MP 281, já havia um volume de recursos estrangeiros represados para entrar no País. É natural que os volumes seguintes sejam menores", disse Tavares. Outro fator que se teria refletido em uma procura menor por títulos brasileiros no bimestre abril/maio, segundo o coordenador da dívida pública, foi a volatilidade no mercado externo, que aumentou a aversão ao risco e direcionou menos recursos para os mercados emergentes. No bimestre fevereiro e março, os investidores estrangeiros adquiriram 20% do total de títulos ofertados pelo Tesouro no mercado primário, o equivalente a R$ 8,4 bilhões. No bimestre seguinte, esse porcentual caiu para 7% ou R$ 1,3 bilhão. "Eles compraram menos no segundo período mas mais no longo prazo", explicou Tavares. Nos meses de abril e maio, os estrangeiros ficaram com 62% dos papéis com vencimento de mais de 10 anos. No bimestre anterior, a fatia foi de 57%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.