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Europa fecha em alta com expectativas de estímulos

Por AE
Atualização:

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira e renovaram as máximas em vários anos depois de dados fracos sobre a zona do euro alimentarem as expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) forneça mais estímulos à economia do bloco. Um indicador bom sobre o setor imobiliário dos Estados Unidos contribuiu para os ganhos. O índice Stoxx Europe 600 encerrou a sessão com alta de 0,8%, aos 308,06 pontos, o fechamento mais elevado desde junho de 2008.O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro teve contração de 0,2% no primeiro trimestre deste ano, mais do que o declínio de 0,1% esperado. Na Alemanha, houve uma leve recuperação, porém menor que a prevista, e a França teve queda de 0,2% no PIB, maior do que as estimativas. Apesar de ruins, os dados tiveram impacto positivo nas bolsas, pois levantaram esperança de mais ações do BCE no futuro.O avanço nas praças europeias ganhou força depois que a Associação Nacional das Construtoras de Casas (Nahb, na sigla em inglês) informou que o índice de confiança das construtoras dos EUA subiu para 44 em maio, após cair por três meses consecutivos. O resultado superou a previsão dos analistas de alta para 43.O índice DAX da Bolsa de Frankfurt subiu 0,28%, para 8.362,42 pontos, ampliando os ganhos para a sétima sessão consecutiva e alcançando um novo recorde histórico. Commerzbank disparou 12% depois de o fundo de resgate bancário alemão, o Soffin, afirmar que vendeu cerca de 625 milhões de euros (US$ 808 milhões) em ações do banco por 7 euros cada uma. Com isso a participação do Soffin no Commerzbank diminuiu para cerca de 17%, de 25%. Por outro lado, ThyssenKrupp caiu 1,7% após anunciar que teve prejuízo no segundo trimestre fiscal em razão de uma grande baixa contábil em suas usinas siderúrgicas no Brasil e nos EUA.A Bolsa de Londres fechou com alta de 0,11% no índice FTSE-100, aos 6.693,55 pontos, na décima sessão seguida de ganhos. O Banco da Inglaterra (BoE) elevou a previsão para o crescimento da economia do Reino Unido no relatório de inflação divulgado nesta quarta-feira, embora tenha ressaltado que a recuperação será fraca. "As projeções de hoje são de que o crescimento será um pouco mais forte e a inflação um pouco mais fraca do que esperávamos três meses atrás", afirmou o presidente da instituição, Mervyn King, após a apresentação dos números.Em Paris, o índice CAC-40 avançou 0,41%, para 3.982,23 pontos. Renault foi um dos destaques, com alta de 4,5%, em linha com o desempenho de outras montadoras europeias, como Peugeot e Fiat. Já as ações da Vivendi, que nesta terça-feira, 14, informou que o lucro líquido ajustado diminuiu 18,5% no primeiro trimestre, caiu 1,7%.O FTSE-MIB, de Milão, subiu 1,03%, para 17.492,97 pontos, graças a resultados corporativos melhores que o esperado, que contrabalançaram os dados ruins sobre o PIB da Itália. O Banco Monte Paschi teve alta de 9,4% em reação ao balanço do primeiro trimestre, que mostrou um prejuízo líquido de 100,7 milhões de euros, menor do que o de 159 milhões de euros previsto por analistas. Fiat avançou 7,6% num rali técnico depois de o preço da ação cair até 5 euros.Na Bolsa de Madri o índice Ibex-35 fechou com +1,27%, aos 8.582,50 pontos, com destaque para os bancos. Banco de Sabadell, Caixabank e Santander subiram 4,4%, 3,0% e 1,7%, respectivamente. O índice PSI-20 da Bolsa de Lisboa acompanhou a tendência e ganhou 0,97%, para 6.090,49 pontos. As informações são da Dow Jones.

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