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Europa fecha em alta com PIB dos EUA e Bernanke

Índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,64% e fechou em 251,24 pontos

Por Álvaro Campo e da Agência Estado
Atualização:

As principais bolsas europeias fecharam em alta, após uma sessão volátil. Os mercados de ações do continente foram impulsionados por um dado melhor do que o esperado sobre o PIB dos EUA no segundo trimestre e pela promessa do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, de que vai "resistir fortemente" a riscos de deflação. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,64% e fechou em 251,24 pontos. Em agosto o índice já perdeu 1,6%.Os mercados europeus reagiram positivamente após o Departamento de Comércio dos EUA revisar sua estimativa do crescimento do PIB no segundo trimestre para 1,6%, de 2,4%. Os economistas esperavam uma redução ainda maior, para 1,3%. O Reino Unido também divulgou a revisão do seu PIB no segundo trimestre, que subiu para 1,2%, da estimativa inicial de crescimento de 1,1%.Mas os ganhos das bolsas foram praticamente zerados após a Intel reduzir sua previsão de vendas para o terceiro trimestre para cerca de US$ 11 bilhões, de uma faixa entre US$ 11,2 bilhões e US$ 12 bilhões, citando uma demanda menor do que o esperada por computadores pessoais. Isso pressionou o setor de tecnologia.Depois, os mercados se recuperaram novamente, com Bernanke afirmando que o Fed não permitirá que a economia norte-americana entre em um período de deflação."O volume de negócios está baixo, então um pequeno movimento em qualquer direção pode ter um impacto desproporcional", disse Justin Urquhart Stewart, cofundador da Seven Investment Management. Segundo o analista, os mercados devem permanecer altamente voláteis nos próximos meses, com o surgimento de novos sinais de fragilidade na economia dos EUA. "Será muito difícil para as empresas terem qualquer avanço, quando a causa fundamental do problema - o mercado imobiliário - não foi resolvida", acrescentou.Na Bolsa de Londres, o índice FT-100 fechou em alta de 0,89%, em 5.201,56 pontos. Na semana o índice acumulou ganho de 0,12%. Hoje o banco Lloyds avançou 1,10% e o Old Mutual ganhou 2,16%. A Essar Energy subiu 2,33% e petroleira BP caiu 1,54%. A Tullow Oil teve desvalorização de 3,81%, após novas notícias de que a companhia está enfrentando problemas em Uganda.Mas apesar dos ganhos de hoje no FT-100, operadores afirmam que o sentimento está frágil. "O Fed aparentemente vai fazer tudo o que pode para garantir que a recuperação continue, mas o fato de que o banco central dos EUA ainda precisa ajudar a economia após tudo o que já aconteceu continua a deixar alguns investidores inquietos", comentou o IG Index. Na segunda-feira o mercado do Reino Unido estará fechado, por causa de um feriado bancário. Na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra DAX subiu 0,65%, e fechou em 5.951,17 pontos. Mesmo assim o índice encerrou a semana com queda de 0,90%. A Siemens subiu 1,25% e a Deutsche Telekom 2,31%. A varejista Metro AG ganhou 2,78%. produtora de chips Infineon caiu 0,95%, após as notícias sobre a Intel. O Commerzbank perdeu 2,00%, em meio a receios de um diluição de capital no curto prazo, após rumores de que o banco pode lançar uma operação de aumento de capital de mais de 5 bilhões de euros ainda este ano.O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, avançou 0,93%, fechando em 3.507,44 pontos. Na semana o índice caiu 0,53%. As ações do Carrefour subiram 3,27%, após a empresa ter sua recomendação elevada pelo Citigroup. A France Telecom ganhou 2,30% e a mineradora ArcelorMittal subiu 1,83%. A STMicroelectronics perdeu 3,77%. A EADS recuou 3,18%, após o jornal Les Echos divulgar que a Airbus, unidade do grupo, reduziu as previsões de produção do modelo A350. O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, fechou em alta de 0,42%, em 19.817,46 pontos. Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 avançou 1,44%, e fechou em 10.148,20 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 fechou em alta de 0,62%, a 7.366,15 pontos. As informações são da Dow Jones.

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