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Fiat se recupera no mercado mundial e lucra mais

Por Agencia Estado
Atualização:

O grupo italiano Fiat, que há quatro anos passou pela pior crise de sua história, vem consolidando sua recuperação no mercado mundial. No segundo trimestre, a empresa registrou um lucro líquido de ? 659 milhões, ante ? 360 milhões em igual período de 2005. O bom desempenho foi garantido especialmente pela divisão de automóveis, que encerrou o período com lucro de ? 88 milhões, recuperando assim igual prejuízo registrado há um ano. A partir de 2002, quando enfrentou até boatos de falência e de venda, a Fiat passou por uma grande reestruturação, com fechamento de fábricas, demissão de trabalhadores e vendas de algumas divisões, uma receita tradicional hoje seguida por General Motors, Ford, DaimlerChrysler e Volkswagen, que também enfrentam graves dificuldades nos Estados Unidos e na Europa. A divisão automotiva da Fiat, que na Europa é responsável por metade do faturamento do grupo como um todo, teve seu terceiro trimestre consecutivo de lucro, depois de 17 trimestres seguidos de prejuízos, estancados a partir do quarto trimestre de 2005. As vendas de automóveis aumentaram 21%, ancoradas no Panda, modelo lançado em 2004, no luxuoso Kroma, lançado em 2005, e no Grande Punto, também disponível desde o ano passado e hoje o carro mais vendido no mercado europeu, segundo informações da montadora. As vendas da empresa superaram 1 milhão de unidades no primeiro semestre. É a primeira vez em cinco anos que a marca é atingida na primeira metade do ano. No acumulado de janeiro a junho, o grupo contabiliza ganhos de ? 982 milhões, ante ? 1,44 bilhão em igual período do ano passado. Mas o resultado de 2005 inclui valores resultantes do fim da parceria com a General Motors, que rendeu ao grupo italiano ? 1,13 bilhão. No Brasil, maior mercado da montadora fora da Europa, o grupo Fiat obteve receita líquida de R$ 8,41 bilhões, um crescimento de 9,8% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. A marca é líder no País em vendas de automóveis e comerciais leves, com 24,6% de participação. No período, a empresa comercializou 201 mil veículos, ante 190 mil em 2005. A filial brasileira da Fiat, que inclui empresas como CNH e Iveco, responde por 11% do faturamento mundial do grupo, que somou 26,2 bilhões no período de janeiro a junho deste ano.

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