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Fluxos para fundos emergentes têm uma das piores semanas

Por Agencia Estado
Atualização:

Os fluxos para os fundos de investimentos em ações e títulos de mercados emergentes tiveram entre os dias 11 e 17 de maio uma das piores semanas deste ano, como mostra o levantamento da consultoria Emerging Portfolio Fundo Research (EPFR). Os temores de uma escalada inflacionária nos países ricos e incertezas sobre suas políticas monetárias resultaram num movimento de realização de lucros e "fuga para qualidade", com os investidores reduzindo sua exposição aos emergentes e commodities. Embora a consultoria ainda não tenha divulgado dados referentes a esta semana, analistas observam que a volatilidade registrada nos mercados na segunda-feira passada sinaliza que essa tendência de aversão ao risco foi ainda mais aprofundada. Os fluxos para os fundos acionários emergentes, que vinham registrando desde janeiro uma média semanal de US$ 1,6 bilhão, despencaram para apenas US$ 43 milhões entre os dias 11 e 17 passados. Desde o início do ano, esses fundos acumulam fluxos positivos de cerca de US$ 33 bilhões. Os fundos acionários Global Emerging Market (GEM) e os dedicados à Europa emergente tiveram fluxos negativos. Já os portfólios dedicados às ações do países asiáticos e da América Latina ainda registraram um saldo positivo. Os fluxos para os fundos acionários latino-americanos se mantiveram no azul apesar desses ativos terem registrado uma desvalorização de 11% naquele período. Entre os fundos acionários setoriais monitorados pela EPFR, aqueles dedicados a commodities e matérias-primas apresentaram sua primeira semana de fluxos negativos neste ano, US$ 65 milhões. Mas os fundos destinados a outros setores acumularam saques mais elevados, como os farmacêuticos e de biotecnologia (US$ 245 milhões) e os financeiros (US$ 220 milhões). Em termos proporcionais ao total de seus ativos, no entanto, os fundos acionários expostos ao setor imobiliário foram os mais assolados, com fluxos negativos de US$ 163 milhões. Os fundos dedicados a títulos da dívida emergente tiveram entre os dias 11 e 17 sua pior semana desde março passado, registrando fluxos ligeiramente negativos. Os fundos de bônus Global, compostos por papéis de países ricos e uma menor porção de ativos emergentes, tiveram sua 14ª semana consecutiva de fluxos positivos, apesar de sofrerem sua maior desvalorização em quase um ano.

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