O Global40, principal título da dívida externa brasileira negociado no exterior, fechou pouco abaixo de 131 centavos por dólar na segunda-feira. Segundo analistas, houve pouca variação de preços e o mercado contou com poucos negócios. Durante o dia, os títulos oscilaram entre 130,6 centavos por dólar e 131,15 centavos por dólar. Na corretora López Léon, o Global40 fechou a 130,90 centavos por dólar, alta de 0,23%, depois de oscilar entre a mínima de 130,60 centavos e máxima de 131,1 centavos por dólar. Na corretora ICAP/Garban, o Global40 fechou a 130,90 centavos, com mínima de 130,70 centavos e máxima de 131,1 centavos. Na corretora Del Sur, o Global40 fechou a 130,80 centavos, alta de 0,15%, de uma mínima de 130,70 centavos e uma máxima de 131,15 centavos. O risco Brasil, que é o juro médio pago pelos títulos da dívida externa além da taxa dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries), caiu um pouco, mais por conta da oscilação dos papéis norte-americanos do que pelos movimentos dos títulos brasileiros. No fim da tarde, a diferença (spread) do retorno dos títulos brasileiros sobre os Treasuries, medido pelo índice EMBI+ do JP Morgan, estava estável a 226 pontos-base (ou 2,26%), enquanto o risco Brasil caía 2 pontos-base, para 277 pontos-base. Operadores disseram que os títulos da dívida externa brasileira renegociados no âmbito do plano Brady continuaram sendo negociados nesta segunda-feira, ainda beneficiados pelas expectativas de uma possível recompra desses papéis pelo governo brasileiro, como ocorreu com o C-Bond. Foram registrados negócios com os bônus PAR, DCB e NMB. Entre as notícias do dia, a agência de risco Standard & Poor's elevou a perspectiva sobre as notas de classificação da dívida soberana da Turquia de "estável" para "positiva", citando o "contínuo compromisso com políticas macroeconômicas saudáveis", que ajudaram o governo a cumprir metas fiscais e de inflação, ao mesmo tempo que a economia cresceu quase 7% ao ano. O Iraque completou nesta segunda-feira uma operação de troca (swap) da dívida, vendendo US$ 2,7 bilhões em novos bônus que substituíram os papéis da dívida de cerca de US$ 13,6 bilhões da era Saddam Hussein. Os investidores deram aos novos bônus da dívida iraquiana uma recepção cautelosa, apesar do elevado retorno (yield) oferecido, de 9,4%. Entre as notícias de emissões corporativas, o maior exportador de carne do Brasil, o Friboi, pretende emitir nesta semana US$ 150 milhões em bônus de 5 anos, com yield ao redor de 9,5%, de acordo com nota do grupo de bancos envolvido na emissão. No geral, essas emissões tem sido "facilmente absorvidas" pelo mercado, disse um operador de Nova York.