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GM volta a lucrar nas operações no Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo segundo trimestre seguido, a General Motors registrou lucro em suas operações no Brasil. Com o resultado obtido no período de abril a junho, a montadora consolida seu primeiro semestre positivo desde 1997. As vendas internas sustentaram os ganhos e cobriram as perdas nas exportações. O desempenho da filial brasileira ajudou a região em que o País está inserido na divisão da GM mundial a ter um lucro de US$ 212 milhões no semestre, quase quatro vezes mais que os US$ 56 milhões obtidos em igual período de 2005. Essa região, chamada de Laam, reúne as fábricas do grupo na América Latina, África do Sul e Oriente Médio e ganhou, só no segundo trimestre, US$ 156 milhões. O Brasil representa 40% das vendas desse grupo. "Estamos felizes", desabafou o presidente da GM brasileira, Ray Young. Ele espera manter os resultados positivos durante todo o ano para, aí sim, comemorar a volta da lucratividade no País, o que não ocorre há oito anos. Young está em Detroit, nos EUA, e acompanhou ontem a divulgação do balanço no segundo trimestre, ao lado do presidente mundial da GM, Rick Wagoner. Segundo ele, o executivo elogiou o desempenho da Laam, que reúne países emergentes. Já o grupo automobilístico como um todo teve prejuízo de US$ 3,2 bilhões. Young lembra que as vendas da GM do Brasil cresceram 13% no primeiro semestre, na comparação com 2005. "Melhoramos nosso mix de venda, com produtos mais caros e reduzimos os descontos", diz ele. A marca também focou os negócios no varejo em detrimento das vendas diretas, normalmente feitas para locadoras e frotistas com descontos superiores aos oferecidos ao consumidor nas revendas oficiais. No mundo No segundo trimestre de 2005, a GM mundial havia registrado perdas de US$ 987 milhões. Segundo Wagoner, o prejuízo deste ano foi maior porque incluem gastos de US$ 4,3 bilhões para reorganizar as operações da empresa na América do Norte, inclusive acertos com demissões. Sem contar os gastos extras, a GM teve lucro operacional de US$ 1,2 bilhão. Ao longo de 2005, a empresa perdeu US$ 10,6 bilhões. "Estamos satisfeitos com a velocidade com que nosso pessoal colocou em prática o plano de recuperação. O senso comum diz que não é possível virar rapidamente um navio tão grande quanto a GM. Nosso objetivo é provar que o senso comum está errado", disse Wagoner. O faturamento global com vendas de carros foi de US$ 362 milhões, uma melhora de US$ 1,3 bilhão na comparação com 2005. Na América do Norte, a GM perdeu US$ 85 milhões entre abril e junho. A Europa registrou lucro de US$ 124 milhões e a Ásia/Pacífico de US$ 167 milhões.

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