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Governo se propõe a intermediar negociação na Volkswagen

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, recebeu com estranheza a possibilidade de a Volkswagen do Brasil fechar a unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O ultimato foi dado pela montadora ontem, caso os metalúrgicos não aceitem o plano de reestruturação da fábrica, que prevê um corte de 3,6 mil funcionários até 2008. De acordo com o ministro, a situação atual da Volkswagen "não combina" com o desempenho geral do setor automobilístico no País, que ultimamente vem batendo recordes de produção e vendas. Marinho reiterou que o governo federal está disposto a intermediar as negociações entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, "caso qualquer uma das partes achar necessário". Mas, segundo ele, o momento atual da Volks no País é decorrente de "uma série de erros estratégicos cometidos no passado", que implicaram perda de participação de mercado para outras fábricas. "O setor automobilístico no Brasil vive o melhor momento da história", disse ele. O ministro aproveitou também para rebater as críticas do candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, que ontem acusou o presidente Lula de "exterminador de empregos". Ontem, segundo ele, o ministério divulgou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de julho, com o registro de 154 mil trabalhadores com carteira assinada no mês. No acumulado dos últimos três anos e sete meses de governo, conforme Marinho, foram gerados 4,5 milhões de empregos. Ele comparou que, em oito anos de governo do PSDB à frente da presidência da República, foram criados 870 mil empregos. "Estamos abertos às comparações para ver quem é o exterminador de empregos no Brasil, se é o nosso governo ou se é o PSDB", disse. O ministro participou hoje da abertura do 5º Festival de Lixo e Cidadania, promovido pela Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reciclável (Asmare), na capital mineira.

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