22 de abril de 2010 | 16h57
"As notícias da Grécia mostraram que a crise naquele país vai se arrastar por um bom tempo e isso traz maior volatilidade ao mercado", afirmou Adilson Goes, operador de câmbio da Fair Corretora. Segundo ele, o rebaixamento da nota pela agência de classificação de risco Moody''s e a possibilidade de que o país peça um empréstimo-ponte de curto prazo "devem trazer desconforto aos demais mercados".
No câmbio doméstico, o Banco Central adquiriu dólares no mercado à vista em leilão realizado por volta das 12h20 e fixou a taxa de corte das propostas em R$ 1,7672. O BC informou que o fluxo cambial estava negativo em US$ 934 milhões em abril até o dia 19. A saída de recursos foi liderada pela conta comercial que amargou déficit de US$ 2,105 bilhões no período. A saída de recursos foi parcialmente compensada pelo ingresso de US$ 1,171 bilhão da conta financeira.
Já o déficit em transações correntes acumulado no primeiro trimestre somou US$ 12,145 bilhões, o pior resultado da série do Banco Central para os primeiros três meses do ano, que teve início em 1947. No primeiro trimestre do ano passado o déficit em transações correntes era quase três vezes menor (US$ 4,938 bilhões), o correspondente a 1,74% do PIB. Apenas em março, o balanço de pagamentos do Brasil com o exterior apresentou um déficit na conta de transações correntes de US$ 5,067 bilhões. O resultado negativo é bastante superior ao déficit de US$ 1,559 bilhão, registrado em março do ano passado.
No segmento de câmbio turismo, o dólar subiu 0,22% para R$ 1,85 (venda) e R$ 1,717 (compra). O euro turismo valorizou 0,04%, a R$ 2,47 (venda) e R$ 2,257 (compra).
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