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Grécia e temor com Espanha levam euro à mínima ante iene

Pessão sobre o euro causou vendas também da libra esterlina, que atingiu a mínima em 10 meses contra o iene a 137,25 ienes, de 138,80 ontem

Foto do author Cynthia Decloedt
Por Cynthia Decloedt (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O euro atingiu sua menor cotação em um ano contra o iene durante as operações realizadas na Ásia, refletindo as preocupações crescentes dos investidores com a Grécia e especulações sobre uma possível contaminação da crise grega para a Espanha. A agência de classificação de risco Standard & Poor's alertou ontem que pode rebaixar os ratings de longo prazo da Grécia em uma ou duas notas no próximo mês, para próximo do território junk. A Moody's, fez um alerta similar, de que pode rebaixar a Grécia em algumas notas "se em poucos meses parecer que houve desvios significativos no plano (de austeridade).

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 O euro chegou a 120,44 ienes, o mais baixo nível desde 24 de fevereiro de 2009 e inferior à cotação do final da tarde ontem em Nova York a 121,95 ienes. Como a venda de euros para a compra da moeda japonesa envolve a venda do dólar contra o iene, o dólar cedeu, por consequência, à sua menor cotação desde 10 fevereiro contra o iene, a 89,47 ienes. Ontem, no fim da tarde em Nova York valia 90,17 ienes.

 Na Europa, o euro segue pressionado contra o iene e cai igualmente frente ao dólar, que por sua vez, continua abatido frente à moeda japonesa não só pela aversão ao risco, mas ainda na esteira da declaração do presidente do Fed, Ben Bernanke, ontem, de que a situação econômica norte-americana ainda exige taxas de juro excepcionalmente baixas.

 Além das advertências da Standard & Poor's e da Moody's, de que devem rebaixar a classificação de risco da Grécia, o euro foi pressionado durante a madrugada por artigo do The Wall Street Journal, dizendo que qualquer pacote de ajuda para a Espanha - cuja economia de US$ 1,6 trilhão é quase o dobro de seus parceiros problemáticos Grécia, Portugal e Irlanda juntos - seria muito grande.

 Citando cálculos do BNP Paribas, o WSJ diz que se a Espanha precisar de ajuda financeira, isso custaria cerca de US$ 270 bilhões, contra US$ 68 bilhões da Grécia, US$ 47 bilhões da Irlanda e US$ 41 bilhões de Portugal.

 A pressão sobre o euro causou vendas também da libra esterlina, que atingiu a mínima em 10 meses contra o iene a 137,25 ienes, de 138,80 ontem, e para uma mínima em nove meses contra o dólar a US$ 1,5325, de US$ 1,5398 ontem.

 Os especialistas comentam ainda haver sinais de que outras nações na zona do euro estão preparadas para oferecer uma ajuda à Grécia no atual estágio e crescem os temores sobre a capacidade do país continuar cumprindo as obrigações de sua dívida externa. Segundo algumas estimativas, a Grécia ainda precisa rolar um volume de até 8 bilhões de euros em dívida que vence em abril e em maio.

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 Às 8h42 (de Brasília), o euro cedia a 120,58 ienes e caía para US$ 1,3490, abaixo do fim da tarde ontem em Nova York a 121,95 ienes e US$ 1,3525 no final da tarde de ontem em Nova York, respectivamente. O dólar valia 89,38 ienes, de 90,17 ienes ontem. A libra esterlina recuava para US$ 1,52935, de US$ 1,5398 ontem em NY. As informações são da Dow Jones.

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