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Grupo Cosan compra tecnologia do Votorantim

Por Agencia Estado
Atualização:

A CanaVialis, empresa de biotecnologia e pesquisa genética controlada pela Votorantim Novos Negócios, do Grupo Votorantim, fechou ontem um contrato com o Grupo Cosan, maior produtor de açúcar e álcool do País. O contrato, cujo valor não foi revelado, incluirá um programa de melhoramento genético da cana-de-açúcar, produção de mudas e serviços de consultoria ao produtor. A assessoria vale para todas as usinas da Cosan e deve trazer um aumento da produtividade para a empresa da ordem de 10%, resultado de uma combinação entre o aumento da produtividade de açúcar por planta e também por área cultivada, segundo o diretor da Votorantim Novos Negócios, Fernando Reinach. "A princípio, as variedades serão plantadas numa estação experimental, de 100 hectares, que funcionará dentro de uma das usinas do grupo. Depois, serão introduzidas nas demais unidades", disse. Na primeira etapa, serão utilizadas apenas as variedades de cana aprimoradas pelo chamado melhoramento clássico, que é o cruzamento de variedades da cana já existentes. Posteriormente, está prevista a inserção de variedades transgênicas, quando o assunto for regulamentado pela Lei de Biossegurança, ainda em trâmite no Congresso. O desenvolvimento da cana-de-açúcar transgênica está sendo feita pela Alellyx, outra empresa que recebeu capital da Votorantim Novos Negócios. A CanaVialis cuidará da introdução das variedades nos canaviais. "Já temos genes que permitem o plantio da cana em lugares de clima mais seco, o que será importante para expandir o cultivo para outras regiões do País", disse Reinach. A Cosan é o maior cliente já conquistado pela CanaVialis. Com o contrato, a área plantada com tecnologia desenvolvida pela empresa vai atingir 600 mil hectares, o que corresponde a nada menos que 10% da área plantada em todo o País. Até então, os maiores clientes da CanaVialis eram os grupos Usaçucar e Melhoramentos, do Paraná, que firmaram em 2004 um contrato de 110 mil hectares. Atualmente, 80% da área ocupada por cana-de-açúcar do Paraná tem tecnologia desenvolvida pela empresa.

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