O índice Ibovespa à vista abriu em forte queda, superando 1% de perdas nos primeiros minutos de negociação. Às 10h10, caía 1,08% a 34.882 pontos, na mínima. A Bolsa paulista segue influenciada pelo cenário externo pesado. Na Europa, as bolsas registram perdas ao redor de 1,6% esta manhã. A Bolsa de Tóquio despencou 3,07%. Além do medo de novo aumento de juro nos EUA no final deste mês, os investidores agora temem uma onda global de aumento de juros. Depois da Turquia ontem, hoje a Coréia do Sul e a Índia anunciaram que também estão puxando para cima a taxa de juro. Mas o Banco Central Europeu e o Banco Central da Inglaterra atenderam as expectativas dos investidores. O primeiro elevou o juro em 0,25 ponto porcentual e o BC inglês manteve a taxa inalterada em 4,5%. O pessimismo internacional afeta com mais intensidade os mercados emergentes, que sofrem também hoje o efeito da queda nos preços das commodities metálicas e do petróleo. O barril do petróleo recuava 1,10% na Nymex, refletindo a notícia de que o líder do grupo Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, foi assassinado. A cotação também reage à declaração do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que afirmou estar pronto para discutir "as preocupações mútuas" na arena internacional. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada hoje cedo, foi considerada conservadora, porém realista. Como se esperava o BC enfatizou a importância externa neste momento de turbulência e diz que a volatilidade elevou as incertezas sobre o Copom, e que é preciso "manter-se especialmente vigilante" para evitar que essa incerteza se propague no longo prazo. Além disso, o BC frisa que estará pronto para agir caso esse risco em torno da inflação aumente de maneira mais intensa. Mas o BC destaca que "essa instabilidade não configura um quadro de crise, tanto devido ao caráter potencialmente transitório de suas causas principais, quanto graças aos sólidos fundamentos da economia brasileira".