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Ibovespa cai com Petrobras e telefonia

Zona do euro preocupa, mas balanços positivos nos EUA limitam queda

Por Beth Moreira e da Agência Estado
Atualização:

O Ibovespa está em baixa nesta segunda-feira, com o retorno das preocupações com a situação financeira da Grécia e temores de que outros países do bloco europeu também sejam contaminados. Petrobras e empresas de telefonia puxam as quedas.

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 Às 12h07, o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, registrava desvalorização de 0,17%, aos 69.390 pontos, após ter alcançado a mínima de 69.183 pontos (-0,47%) e a máxima de 69.810 pontos (+0,43%). No mesmo momento, Dow Jones subia 0,37% e S&P 500 registrava valorização de 0,15%.

 "Investidores estão preocupados que uma piora da Grécia contamine também outros países como Portugal e Espanha, retardando a recuperação da economia da zona do Euro", afirma o economista Antonio Madeira, da MCM Consultores Associados.

Ele destaca, no entanto, que a recuperação da economia mundial, especialmente os Estados Unidos, onde empresas começam a divulgar balanços positivos, segura uma queda maior dos mercados.No plano interno, as expectativas se voltam para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A expectativa do mercado é de alta da taxa básica de juros (Selic) no encontro, que termina na quarta-feira. A dúvida do mercado é sobre o tamanho do ajuste na Selic, atualmente em 8,75% ao ano: 0,50 ou 0,75 ponto porcentual. 

Petrobras e Vale

 

Em dia de recuo do preço do petróleo na Nymex eletrônica para a casa dos US$ 84,00 o barril, Petrobras PN opera em queda de 0,65% e ON com baixa de 0,68%. Os papéis da Vale andavam de lado e  subiam 0,47% no caso dos PN e 0,53% os ON. As siderúrgicas também de lado com Gerdau PN (+0,07%), Gerdau Metalúrgica (-0,35%), CSN (+0,32%) e Usiminas (+0,26%).

 

No setor financeiro, Itaú Unibanco cai 0,90%, Bradesco recua 0,25%, Itaúsa registra desvalorização de 0,74% e Santander cede 1,38%. A exceção fica por conta de Banco do Brasil, que sobe 0,50%.

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Na última sexta-feira, o BB e o Bradesco informaram que acertaram a compra de fatia do Grupo Santander Espanha nas empresas Cielo e Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS). O Banco do Brasil fechou a compra de 5,11% da Cielo e 4,655% do capital social da CBSS por R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 60,8 milhões referentes à transação da CBSS e R$ 1,039 bilhão à da Cielo. Já o Bradesco anunciou que adquiriu 2,09% do capital social da Cielo por R$ 425 milhões e 10,67% da CBSS por R$ 139,2 milhões.

 Na lista de maiores quedas, destaque para o setor de telefonia com Telemar PNA (-1,77%) liderando o grupo, Tim Participações (-1,29%), Telemar PN (-0,93%) e Vivo (-0,71%). Também aparecem na lista de quedas Eletrobras ON (-1,40%), Duratex (-1,34%) e OGX (-0,83%).

 Papel e celulose 

As ações preferenciais da Klabin lideravam a lista de maiores altas do Ibovespa, após um grande banco ter elevado a recomendação para os papéis da companhia para "outperform", em razão de boas perspectivas de demanda e preços. Há pouco, as ações da empresa avançavam 3,78%. 

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Na última sexta-feira, a Klabin, maior fabricante de papéis do País, anunciou que vai reajustar em maio o preço de produtos utilizados na produção de embalagens. A companhia vai elevar em R$ 100 por tonelada o preço de papéis reciclados, incluindo o utilizado no miolo de embalagens de papelão ondulado e o testliner (utilizado como segunda capa da embalagem ondulada). A fabricante também vai elevar, em R$ 80 por tonelada, o preço do papel kraft produzido a partir de fibras virgens. 

Fibria (+1,39%) também figurava na lista de maiores altas. Em relatório divulgado hoje analistas da Ativa destacam que o cenário de preços médios crescentes dará suporte à recuperação da rentabilidade do setor. A expectativa da corretora é de que o preço médio da celulose de eucalipto na Europa deve atingir US$ 760,00 por tonelada, o que representa uma alta de 45% na comparação ano a ano. "De uma forma geral, esperamos que Fibria apresente a maior recuperação entre as empresas com maior exposição ao segmento de celulose de mercado e Klabin, destaque entre as empresas com exposição ao segmento de papel", ressalta o relatório. 

Também compunham a lista de maiores altas do Ibovespa Cesp PNB (+2,06%), Light On (+1,36%), Cemig PN (+1,19%) e Copel PNB (+0,84%).

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