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Ibovespa recua 0,41% hoje, mas sobe 4,92% na semana

Notícias da China e Europa e os dados contraditórios nos Estados Unidos puxaram os índices globais para baixo, inclusive o da Bolsa paulista

Por Claudia Violante e da
Atualização:

Depois de quatro sessões em alta, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou a sexta-feira com sinal negativo, mas a queda foi insuficiente para apagar os ganhos acumulados na semana, de 4,92%. As notícias da China e Europa e os dados contraditórios nos Estados Unidos puxaram os índices globais para baixo e a Bovespa, que operou com liquidez mais estreita em razão da proximidade do feriado prolongado de carnaval, foi uma presa fácil deste movimento.O índice Ibovespa terminou a sexta-feira em baixa de 0,41%, aos 65.854,97 pontos. Na mínima, registrou 65.123 pontos (-1,52%) e, na máxima, os 66.133 pontos (+0,01%). No mês, acumula ganhos de 0,69% e, no ano, recua 3,98%. O giro financeiro hoje totalizou R$ 5,467 bilhões. Os dados são preliminares. A China deu o mote do mercado ao anunciar o aumento da taxa do compulsório em 0,50 ponto porcentual, em mais uma tentativa de frear a aceleração da economia do país. O aumento, que vale a partir do dia 25, é o segundo deste tipo este ano: em janeiro, o BC promoveu uma elevação do mesmo tamanho. O anúncio fez os investidores se refugiarem em ativos menos arriscados, também por causa dos dados sobre as economias europeias. França foi a única das quatro maiores economias do grupo a apresentar expansão no quarto trimestre, de 0,6% na margem. A economia da Alemanha, que havia puxado o crescimento da região no terceiro trimestre, apresentou inesperada estabilidade. Economistas previam alta de 0,3% do PIB alemão. O PIB da Itália caiu 0,2% e o da Espanha encolheu 0,1%. Como resultado, o PIB da zona do euro subiu apenas 0,1% no quarto trimestre do ano passado, em comparação com o terceiro trimestre, depois de ter crescido 0,4% no terceiro trimestre. Em relação ao quarto trimestre de 2008, houve contração de 2,1%. Os índices acionários da região caíram: em Londres, o índice FT-100 recuou 0,37%; em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,49%; em Frankfurt, o índice Dax-30 caiu 0,06%.Nos EUA, essas notícias se somaram aos indicadores sem uniformidade divulgados hoje. O dado de vendas no varejo em janeiro subiu 0,5%, acima da previsão de aumento de 0,3%. O índice de sentimento do consumidor dos EUA caiu de 74,4 em janeiro para 73,7 em fevereiro, contrariando a previsão de alta para 75,0. Também contrariando as expectativas, os estoques das empresas dos EUA caíram 0,2% em dezembro ante novembro, ante previsão de alta de 0,2%. Às 18h27, o Dow Jones tinha baixa de 0,76%, o S&P 500 declinava 0,56% e o Nasdaq 100 recuava 0,01%. Na próxima segunda-feira será feriado nos EUA (Dia do Presidente), o que manterá as Bolsas em Wall Street fechadas. No Brasil, as ações da Petrobras impediram que o Ibovespa tivesse perdas mais aprofundadas. Os papéis fecharam em alta, na contramão do petróleo: o ON subiu 1,16% e o PN, 1,32%. Vale ON seguiu a tendência geral e recuou: 0,68% na ON e 0,60% na PNA. Os destaques corporativos hoje ficaram com CSN, BM&FBovespa e MMX e apenas esta última subiu (4,94%). A siderúrgica, que fez nova proposta pela Cimpor, recuou 0,34%. E a Bolsa, que anunciou investimentos em nova plataforma de negociação com a CME, recuou 2,11%. Já a MMX, comunicou aumento de capital em até R$ 1,218 bilhão.

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