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Incerteza com eleição nos EUA faz dólar subir para R$ 3,23

Também influenciado pelo exterior, Índice Bovespa tem dia de venda generalizada de ações após alta de mais de 11% no mês passado

Por Paula Dias
Atualização:
Moeda subiu após pesquisa eleitoral apontar Trump na dianteira Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O dólar comercial à vista fechou em alta de 1,54% nesta terça-feira, 1º, cotado a R$ 3,2397, após encerrar o mês de outubro em queda de 1,85%. A Bolsa, por outro lado, tem um dia de realização de lucros com a venda de ações e caiu 2,46% após fechar o mês passado em alta de mais de 11%.

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A véspera do feriado de Finados fez com que investidores adotassem uma postura mais cautelosa nas negociações de hoje. No exterior, o dólar foi pressionado pelos temores com a eleição norte-americana e pela proximidade do encontro de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). A reunião deve definir o rumo dos juros da economia do país.

"O mercado piorou quando saiu notícia dizendo que o (candidato republicano Donald) Trump passou à frente de Hillary (Clinton, democrata) nas pesquisas de intenção de voto", comentou o analista de câmbio da corretora Gradual Investimentos, Marcos Jamelli.

Desde que o FBI anunciou que vai investigar emails pessoais de Hillary enquanto era secretária de Estado, a candidata democrata à Presidência dos EUA vem perdendo força na corrida eleitoral. A eleição está marcada para o próximo dia 8.

Pesquisa da ABC/Washington Post mostrou o republicano 1 ponto percentual à frente da democrata. Em outro levantamento feito na véspera, da Reuters/Ipsos, Hillary havia diminuído a diferença para Trump, mas ainda liderava a disputa com 5 por cento de diferença.

Mercado de ações. Em um dia de fortes correções, o Índice Bovespa encerrou os negócios aos 63.326,41 pontos, também afetado pelos mesmos fatores que o câmbio. No início do pregão, as ações chegaram a ensaiar uma alta, mas logo cederam à realização de lucros diante do movimento de aversão ao risco que se instalou nos mercados globais. A queda na Bovespa foi generalizada, com poucas ações escapando da correção. Nas sucessivas mínima registradas à tarde, o Ibovespa chegou a cair 2,94%, ameaçando perder os 63 mil pontos (mínima de 63.018,57). 

Outro fator que pressionou a Bolsa para baixo foi a queda nos preços do petróleo. O recuo é atribuído aos ruídos em torno da tentativa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de cortar a produção da commodity na próxima reunião de seus membros, no próximo dia 30. Com a commodity em novo dia de queda, as ações da Petrobrás terminaram o dia com perdas de 3,81% (ON) e 4,69% (PN). 

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As ações da Vale, por outro lado, foram das poucas do Ibovespa que terminaram o dia em alta. Vale ON e PNA alternaram altas e baixas, mas definiram tendência de alta na última hora de negociação, fechando com ganhos de 1,00% e de 0,68%, respectivamente. Os papéis refletiram a alta de 0,9% do minério de ferro e a perspectiva positiva para o setor no mercado chinês./ COM REUTERS