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Índice de Governança Corporativa supera Ibovespa em 2006

Por Agencia Estado
Atualização:

A governança corporativa virou moda no mercado de ações brasileiro e trouxe vantagens para quem apostou em empresas que se preocupam com a transparência e com as melhores práticas. A diferença não foi grande, mas o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) superou o Ibovespa - principal índice da bolsa paulista - no ano passado, com alta de 41,3%, ante 33%. A lista de maiores altas do IGC é bem diferente da do Ibovespa. Vale ressaltar que predominam ações de segunda linha, justamente as vedetes do mercado no final do ano, quando os gestores procuraram outras opções, depois de o principal índice da Bovespa ter atingido uma seqüência de recordes históricos e muitos papéis terem subido demais. Porto Seguro liderou os ganhos, com +175%, seguida por Localiza (128,2%), Eternit (128,1%), Duratex (125,7%), ALL (124%), Marcopolo (113%), Lojas Renner (109,9%), Weg (108,3%), Cosan (96,8%) e Sabesp (94,1%). Novamente, há foco em papéis ligados ao mercado interno, transportes e logística. O levantamento anual não considera os papéis de empresas que entraram na Bolsa, ou melhoraram suas práticas, ao longo do ano, e que são muitos: Companhia Siderúrgica Nacional (CSU), Profarma, Equatorial, Terna, MMX, Gafisa, Datasul, Santos Brasil, Totvs, Vivax, American Banknote, Klabin Segall, Medial Saúde, Cesp PNB, Brascan Residential, Company, Copasa, Lupatech e Abyara. Para esses, há apenas os levantamentos mensal e diário. As quedas começam com UOL (-41,1%), e seguem com Braskem ON (-21%), Suzano Petroquímica PN (-17,6%), Braskem PNA (-17%), Unipar (-8,2%), Gol (-2,6%), Renar Maçãs (-2,4%), Pão de Açúcar (-1,8%), Iochpe-Maxion (-1,6%) e Fras-le (-1,2%). O setor de química e petroquímica, visto com mais força nesse levantamento, foi o único, entre aqueles com peso relevante na Bovespa, a terminar 2006 com variação média negativa das ações (6,83%). No primeiro semestre do ano passado, as petroquímicas amargaram expressiva baixa de margem de lucro, em razão da oferta adicional da Rio Polímeros (Riopol), da pressão dos custos com matéria-prima e da fraca demanda interna.

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