PUBLICIDADE

Investidor se anima após Bernanke e Bolsa sobe

Às 12h02, o Ibovespa registrava valorização de 1,28%, aos 64.682 pontos

Por Beth Moreira e da Agência Estado
Atualização:

A Bovespa deixa para trás seis pregões de queda, recuperando-se com a melhora do mercado internacional, após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, de que o órgão está pronto para fazer o que for necessário para dar sustentação à recuperação econômica dos EUA. As blue chips (ações de primeira linha) puxam as altas. Às 12h02, o Ibovespa registrava valorização de 1,28%, aos 64.682 pontos, após alcançar a máxima de 64.746 pontos (+1,38%) e a mínima de 63.848 pontos (-0,03%). O giro financeiro era de R$ 1,83 bilhão, com previsão de R$ 6,32 bilhões para o fechamento. No mesmo momento, o Dow Jones registrava alta de 0,65%, enquanto o S&P 500 subia 0,59%. Petrobrás PN sobe 1,25% e ON avança 1,20%, enquanto investidores aguardam novas informações a respeito da cessão onerosa que a União fará à estatal e de outros detalhes a respeito do processo de capitalização da empresa. Para o chefe de análise da SLW, Pedro Galdi, a valorização dos papéis mostra que muitos investidores estão apostando que a capitalização da empresa ocorra mesmo em setembro e que as ações devem se recuperar das perdas acumuladas no ano. Embora o governo negue que haja uma definição sobre o preço do barril, fontes ouvidas pela jornalista Kelly Lima, da Agência Estado, adiantaram que o martelo já foi batido em torno do valor do barril que será usado na cessão onerosa. Salvo qualquer argumentação extraordinária nos próximos dias, o barril da cessão onerosa para a Petrobraás ficará em US$ 8,50. O valor está exatamente no meio entre o mínimo e o máximo sugerido nos laudos das consultorias contratadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Petrobras para avaliar a área de Franco que será cedida pela União à estatal dentro de seu processo de capitalização. Vale PNA opera em alta de 1,84% e ON com ganhos de 1,81%. Os papéis seguem em alta mesmo após notícias de que a empresa vai reduzir o preço do minério de ferro em cerca de 10% a partir de outubro. Resultado de uma política de revisão trimestral de preços adotada este ano pela mineradora, os novos valores usam como referência a cotação do mercado à vista da China, que caiu nos últimos meses. O índice preciso só será fechado na próxima terça-feira, mas em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o diretor executivo de Marketing, Vendas e Estratégia da mineradora, José Carlos Martins, disse que a redução deve ficar nesse patamar, a menos que aconteça alguma mudança drástica. Para alguns operadores, se confirmada, a queda não é ruim para a Vale, uma vez que o patamar de preços do insumo já está bastante alto. A despeito das discussões sobre o minério de ferro, a empresa anunciou hoje que a sua joint venture com a African Rainbow Minerals Limited (ARM), iniciará o desenvolvimento do projeto de cobre de Konkola North na Zâmbia. "O desenvolvimento deste projeto é consistente com nossa estratégia de nos tornarmos um dos maiores produtores mundiais de cobre e criará valor significativo para nossos acionistas", diz a empresa em comunicado. As siderúrgicas se recuperam das recentes quedas, aproveitando do bom humor do mercado desde o início da manhã. Gerdau (+2,35%%) e Gerdau Metalúrgica (+2,96%), ambas entre as maiores altas do Ibovespa; CSN (+1,45%), Usiminas PNA (+1,39%) e Usiminas ON (+0,76%). Na lista de maiores altas do Ibovespa figuram Brasil Ecodiesel (+3,45%), GOL (+2,85%), Cielo (+2,80%), Sabesp (+2,52%), Telesp PN (+2,42%) e Cemig (+2,23%). Já o grupo de maiores baixas é composto por MMX (-2,02%), Cosan (-1,32%), Companhia de Transmissão Paulista (-0,52%), Ambev (-0,37%), Natura (-0,26%) e Banco do Brasil (-0,21%).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.