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Johnson & Johnson paga US$ 16,6 bi por divisão da Pfizer

Por Agencia Estado
Atualização:

A Johnson & Johnson (J&J) anunciou ontem a compra da unidade de medicamentos sem receita da Pfizer por US$ 16,6 bilhões em dinheiro. Fontes próximas à negociação disseram que a oferta da Johnson superou as ofertas rivais dos grupos britânicos GlaxoSmithKline e Reckitt Benckiser, que também estavam na disputa. O negócio vai consolidar a posição da Johnson & Johnson como maior fornecedora mundial de remédios sem prescrição médica. As marcas existentes da Johnson incluem o analgésico Tylenol, os produtos para a pele Neutrogena e o xampu de bebês Johnson. Já a divisão da Pfizer conta com marcas como o anti-séptico bucal Listerine e o antiácido Rolaids. O Listerine tem uma importância especial dentro do negócio porque é o anti-séptico bucal mais vendido no mundo. Ao fazer parte da companhia, a marca triplicará o negócio dental da J&J, com um volume de mais de US$ 1 bilhão. O acordo anunciado ontem completa a revisão de opções estratégicas que a Pfizer iniciou em fevereiro para essa divisão, chamada Pfizer Consumer Healthcare. A Pfizer afirmou que espera recomprar até US$ 7 bilhões das ações ordinárias da empresa em 2006 e até US$ 10 bilhões em 2007, para que a venda da divisão não prejudique os lucros em 2007 e adicione ganhos a partir de 2008. Essa divisão alcançou em 2005 um volume de negócios de US$ 3,9 bilhões. De acordo com o presidente da Pfizer, Hank McKinnell, essa transação solidifica a posição da empresa. "Estaremos em uma posição ainda mais forte para aproveitar as muitas oportunidades que vemos nos negócios farmacêuticos, assim como para fortalecer o retorno aos acionistas", disse, em nota. O negócio ainda tem de ser discutido pelas diretorias de ambas as empresas e terá de ser submetido à aprovação das autoridades reguladoras. A expectativa é que a transação seja concluída até o fim do ano. "O uso de medicamentos sem receita vem crescendo rapidamente em todo o mundo tanto em mercados maduros quanto em mercados emergentes", à medida que governos e empresas de seguro-saúde tentam cortar custos, disse o presidente da J&J, William Weldon. Com agências internacionais.

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