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Juro de títulos americanos cai com restrições impostas na Alemanha

Os preços dos Treasuries (títutlos públicos norte-americanos) avançaram, com respectivo movimento inverso dos juros, diante da notícia de que a Alemanha pretende impor restrições às vendas a descoberto no país. "Mais incerteza em relação a quais são as regras do jogo na Europa equivale a um declínio no euro e a preços mais altos para os Treasuries", disse Chris Bury, codiretor de negociações com juros da Jefferies & Co.

Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

Segundo o Ministério de Finanças da Alemanha, o governo proibirá a prática do "naked short selling" com as ações de 10 das principais instituições financeiras do país e com os credit default swaps (CDS) de bônus soberanos da zona do euro a partir da 0h de quarta-feira. O "naked short selling" ocorre quando um participante do mercado vende a descoberto um ativo financeiro sem antes ter tomado emprestado esse ativo ou sem ter garantias de que poderia realizar tal empréstimo.

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Segundo Brian Varga, diretor de negociações com Treasuries no Standard Chartered, "os mercados prefeririam que os líderes europeus abordassem o problema real - não os especuladores, mas os desequilíbrios econômicos". Ele acrescentou que a notícia da limitação às vendas a descoberto "injeta uma incerteza desnecessária em mercados instáveis" e que o efeito colateral desse anúncio será um aumento nos custos de financiamento.

No final da tarde em Nova York, os juros projetados pelos T-bonds de 30 anos estavam em 4,255%, de 4,355% na segunda-feira; os juros das T-notes de 10 anos estavam em 3,375%, de 3,481% ontem; os juros das T-notes de 2 anos estavam em 0,741%, de 0,801% na segunda-feira.

O yield (taxa de retorno) da T-note de 10 anos, que serve de referência para os juros adotados em empréstimos aos consumidores e às empresas, tocou a mínima intraday de 3,363% depois de o euro atingir seu menor nível em relação ao dólar desde abril de 2006.

 As informações são da Dow Jones.

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