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Juro futuro recua com desempenho positivo no exterior

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado futuro de juros brasileiro acompanha a melhora nos negócios no exterior, ampliada após a divulgação de dados sobre a economia nos Estados Unidos. O crescimento do PIB norte-americano do primeiro trimestre foi revisado de 5,3% para 5,6%, exatamente a previsão do mercado. Foi uma expansão mais vigorosa que a de 1,7% do quarto trimestre de 2005 - e é o ritmo mais acelerado visto na economia dos EUA desde o crescimento de 7,2% no terceiro trimestre de 2003. Ao mesmo tempo, não houve revisão para cima no dado sobre inflação no mesmo período: o índice de preços para gastos com consumo pessoal (PCE) subiu 2% na revisão final do PIB do primeiro trimestre, a mesma variação da prévia divulgada antes. O núcleo do PCE, que exclui variações de preços nos segmentos de alimentos e energia, também não foi revisado e a alta se manteve em 2%. O mercado de trabalho norte-americano, por sua vez, não mostrou o aquecimento esperado pelo mercado na semana até 24 de junho: o número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana subiu 4 mil, para 313 mil, ante estimativas de aumento em 2 mil, para 310 mil pedidos. No Brasil, o dólar cai e os juros futuros acompanham a melhora geral. No pregão de DI (depósitos interfinanceiros) na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os contratos com vencimento em janeiro de 2008 (são os mais negociados) projetavam taxa de 15,40% ao ano na abertura dos negócios, às 10h22. Ontem a taxa estava em 15,48% ao ano. No âmbito interno, uma boa notícia foi dada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar o PIB do primeiro trimestre em valores correntes: a taxa de investimento no período foi de 20,4% do PIB, confirmando expectativas de que poderia subir além de 20%. Sinal de que a atividade econômica brasileira pode continuar crescendo sem ameaça forte de gargalos na oferta e demanda que possam pressionar a inflação. Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de junho subiu 0,75% (ante 0,38% em maio), no teto das projeções de mercado, que variavam de 0,55% a 0,75% (mediana em 0,64%). Foi claramente impulsionado pelos preços no atacado. O IPA subiu 1,1% e corresponde a 60% do IGP-M. Dentro do Índice de Preços no Atacado (IPA), destaque para a alta 1,80% dos preços agrícolas (mas os industriais também subiram bastante, 0,90%). Resta saber se a melhora vista agora pela manhã no mercado de juros vai se sustentar. Às 15h15, o suspense com o Fed (banco central americano) acaba, com o anúncio da decisão (espera-se alta de 0,25 na taxa dos Fed Funds) e sobretudo com a divulgação do comunicado, no qual o mercado quer encontrar sinais sobre os próximos passos da política monetária do país.

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