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Juro futuro tem viés de alta com aversão a risco

Além do dado norte-americano de bens duráveis, as taxas futuras refletem a aversão ao risco no exterior

Foto do author Renata Pedini
Por Renata Pedini (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

Os juros futuros iniciaram esta sexta-feira, 24, com viés de alta e marcaram máximas imediatamente após a divulgação do resultado das encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos em abril. As encomendas subiram 3,3% no mês passado, bem mais que o aumento de 1,3% esperado. Além do dado norte-americano, as taxas futuras refletem a aversão ao risco no exterior, de acordo com o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. "O cenário externo está ruim, mas não no sentido de recuperação econômica. Quando há temor com economia fraca, os DIs caem, mas hoje é mais aversão ao risco do que temor com recuperação", afirmou, justificando a leve alta dos juros futuros, na contramão dos mercados acionários. Bolsas europeias e índices futuros de Nova York operam no negativo porque os investidores evitam assumir posições arriscadas antes do feriado do Memorial Day na próxima segunda-feira, 27, nos EUA. Esse feriado já faz com que o mercado de títulos norte-americanos (os treasuries) feche mais cedo nesta sexta-feira, 24, às 15 horas, reduzindo, portanto, a liquidez no mercado de juros futuros brasileiro. Entre dados domésticos, o BC apresenta nesta sexta-feira, 24, os dados de estoque e operações de crédito no País em abril. Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que a confiança do consumidor caiu 0,4% em maio, após ficar estável em abril (0,0%). "O resultado confirma a acomodação sinalizada no mês anterior, quando o índice havia ficado estável após seis meses em queda", destacou a FGV em nota. Às 10h02, o contrato futuro de juro com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 8,13%, na máxima, de 8,11% no ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 8,59%, na máxima, de 8,55% na quinta-feira, 23, e o DI com vencimento em janeiro de 2017 apontava 9,35%, de 9,30% no ajuste da véspera.

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