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Juros abrem estáveis, atentos ao dólar e ao exterior

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado de juros começou a operar nesta quarta-feira entre a estabilidade e leve viés de alta, talvez por causa da queda de ontem, mas sem motivo forte aparente. A agenda doméstica de hoje é fraca - na semana, o dia mais importante é sexta-feira, com produção industrial brasileira em março, somada ao payroll (dados sobre o mercado de trabalho norte-americano). Nesta quarta-feira, as atenções devem ser voltar para o dólar e o cenário externo. A primeira boa notícia de hoje é que o Risco País cravou mais um recorde de baixa, com 210 pontos-base. Os juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos sobem levemente, invertendo o ritmo há instantes; e o petróleo opera em queda também, depois de testar novos recordes mais cedo. Dados dos EUA podem eventualmente influenciar no movimento dos treasuries. Às 11 horas (de Brasília) serão divulgados o índice de atividade dos gerentes de compras reverente ao setor não-industrial (serviços) em abril e o indicador de encomendas à indústria em março. Os estoques de petróleo e derivados da semana até dia 28 de abril serão anunciados às 11h30. O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, fala sobre "a revitalização das comunidades" durante a Cúpula Econômica de Anacostia, em Washington, às 12h30 (de Brasília). Não deve comentar sobre política monetária, mas o mercado fica sempre preparado para monitorar seu discurso. Ontem, como os demais segmentos do mercado financeiro, o de juros também minimizou o anúncio de nacionalização do setor de petróleo e gás na Bolívia, apostando numa negociação entre os dois países (pela necessidade que ambos têm um do outro) e na continuação do fornecimento de gás ao Brasil, embora possivelmente a preço mais alto. Há dúvidas sobre possíveis efeitos em relação ao preço do gás. Que o preço vai subir, isso é certo. Mas quanto, ninguém sabe. Daí que é cedo para se mensurar o impacto na inflação. No IPCA, o gás tem pouco peso (menos de 1%), mas a pressão de custo nas indústrias pode se refletir sobre a cadeia de produção. Alguns analistas chamaram atenção para o fato de que alguns setores industriais que utilizam gás na produção - como a indústria de cerâmica, por exemplo - também pesam pouco no índice. Mas um aumento nos preços de restaurantes já traria impacto mais importante pelo peso de alimentação fora do domicílio. Às 10h05, o contrato de depósito interfinanceiro (DI), na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), com vencimento para janeiro de 2007 (o mais negociado) estava em 14,73% (14,74% de fechamento ontem e 14,73% de ajuste para a abertura do dia). A taxa do DI-janeiro/08 estava em 14,59% (14,56% ontem; ajuste idem).

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