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Juros abrem sob pressão de dólar em alta

Por Fernando Travaglini
Atualização:

Os juros futuros até ensaiaram uma queda no início dos negócios desta quarta-feira, 12, ajudada pelo arrefecimento na inflação captada pelo IPCA ponta, medida diária da variação dos preços feita pela FGV - de 0,77% para 0,71% entre a segunda-feira, 10, e a terça-feira, 11, segundo fonte que teve acesso ao dado. Porém, as taxas inverteram a direção e passaram a subir, sustentados pela valorização do dólar ante o Real. Pesam sobre a moeda a menção do Federal Reserve, feita ontem, à vulnerabilidade do Brasil, entre os cinco mais frágeis ao lado de Turquia, Índia, Indonésia e África do Sul. Isso já fez o real perder terreno ante o dólar durante a tarde de ontem e segue repercutindo na manhã de hoje, em meio a preocupações também com fatores locais. Após abrir em leve baixa, o contrato de dólar para março bateu máxima, levando a cotação no à vista a iniciar os negócios a R$ 2,4060, em alta de 0,12%. Na sequência, às 9h31, a moeda registrou nova máxima, a R$ 2,4130 (+0,42%). Entre os fatos domésticos que afetam os negócios estão o apagão registrado ontem no Espírito Santo, que renovou a preocupação com racionamento - que poderia ter impacto negativo sobre a atividade. Os custos elevados para o setor elétrico do uso intensivo das térmicas, que poderá ter impacto na conta de luz e, consequentemente, na inflação, é outro aspecto sendo avaliado pelos operadores. O contrato de DI para julho de 2014 foi a 10,95%, de 10,91%. A taxa para janeiro de 2015 oscilava para 11,39%, às 9h30. A parcela mais longa da curva também avança, para o que contribui ainda a correção vista nos Treasuries, cujos yields aceleraram na manhã de hoje - também com o discurso feito ontem pela presidente do Fed, Janet Yellen, sinalizando continuidade na processo de retirada de estímulos à economia dos Estados Unidos.

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