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Juros curtos estacionados à espera de medidas efetivas

  Já os longos cederam sensivelmente acompanhando a queda do dólar e movimento técnico de suavização da curva

Por Marcio Rodrigues e da Agência Estado
Atualização:

A melhora do ambiente internacional, onde os investidores aguardam com otimismo o resultado da reunião do Federal Reserve, na quarta-feira, passou ao largo do mercado de juros futuros. Enquanto as taxas de curto prazo ficaram estacionadas ao redor do ajuste, à espera de sinais e ações que possam desencadear a melhora efetiva da economia, os juros longos cederam sensivelmente. Nesse caso, segundo profissionais do mercado, a queda do dólar e um movimento técnico de suavização da inclinação (flattening) da curva favoreceram a devolução de prêmios.Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (241.615 contratos) estava em 7,71%, nivelado ao ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (250.355 contratos) apontava 8,03%, de 8,05% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (99.160 contratos) cedia para 9,63%, de 9,72% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (5.955 contratos) recuava para 10,13%, de 10,29% no ajuste.Por aqui, a inflação segue mostrando sinais de arrefecimento. A segunda prévia do IGP-M ficou em 0,63%, ante avanço de 1,00% em igual prévia de maio. O resultado ficou levemente acima da mediana encontrada pelo AE Projeções, de 0,60%. Mas mereceu destaque a desaceleração de um dos componentes do índice cheio, o IPC-M, que registrou variação positiva de 0,14% na segunda prévia de junho, ante 0,41% em igual prévia de maio. O IPC-Fipe, que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou 0,25% na segunda quadrissemana de junho, de +0,28% na primeira prévia do mês. Tais números confirmam a expectativa positiva sobre o IPCA-15, que será divulgado na quinta-feira.Lá fora, os mercados se movimentam em torno de expectativas. Termina neta terça-feira o encontro de líderes do G-20 e a tentativa principal é fazer a Alemanha aceitar também a implementação de medidas de estímulo ao crescimento, e não apenas a busca pela austeridade. No México, a chanceler Angela Merkel defendeu ações de estímulo, mas ponderou que "crescimento não é apenas dinheiro". "A tarefa agora é assegurar que os recursos que temos para crescimento sejam usados de maneira eficaz".Expectativa maior se dá em relação ao fim da reunião do Fed, amanhã. As esperanças são de que a autoridade monetária norte-americana anuncie novas medidas de estímulo à economia. E a cada indicador negativo do país, tais esperanças crescem. O dado ruim de hoje ficou por conta das construções de moradias, que caíram 4,8% em maio na comparação com abril. Por outro lado, em relação a maio do ano passado houve aumento de 28,5%.

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