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Juros curtos sobem em reação a declarações de Tombini

Presidente do BC disse que fará o que for necessário para que o declínio da inflação persista no segundo semestre

Por Marcio Rodrigues e da Agência Estado
Atualização:

As palavras do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante abertura do XV Seminário de Metas para a Inflação, no Rio, recolocaram as taxas futuras de curto e médio prazo em movimento de alta, ao passo que deixou as taxas longas em queda. Entre outras coisas, Tombini afirmou que a inflação está e continuará sob controle, mas ponderou que o BC está vigilante e que fará o que for necessário, "com a devida tempestividade", para que o declínio da inflação persista no segundo semestre. Destas declarações, o mercado depreendeu que a possibilidade de acelerar o ritmo de alta da Selic cresceu. Antes disso, as taxas tiveram uma manhã bastante volátil, reagindo em queda aos dados domésticos de inflação e aos indicadores mais fracos dos Estados Unidos e voltando para perto dos ajustes à espera das palavras dele.

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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (com expressivos 1.630.980 contratos) marcava 7,51%, de 7,48% no ajuste anterior e de 7,47% antes das palavras de Tombini. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (618.540 contratos) apontava 8,06%, de 7,98% nesta quarta-feira, 15, e de 7,96% antes do presidente do BC. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (653.210 contratos) indicava 8,47%, de 8,43% na véspera. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (271.455 contratos) marcava 9,09%, ante 9,13% nesta quarta-feira, e o DI para janeiro de 2021 (12.175 contratos) estava em 9,72%, de 9,80% no ajuste anterior.

Antes das declarações da autoridade monetária, o mercado de juros teve bastante volatilidade. Pela manhã, uma série de indicadores domésticos e internacionais puseram as taxas futuras em baixa. Por aqui, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) mostrou alta de 0,38% na segunda quadrissemana de maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou 0,07 ponto porcentual abaixo do registrado na primeira leitura de maio, quando o índice subiu 0,45%. Já a inflação de maio medida pelo IGP-10 caiu 0,09% após avançar 0,18% em abril, segundo a mesma FGV. O índice apresentou uma deflação mais forte do que a prevista segundo a mediana das expectativas encontrada pelo AE Projeções (-0,06%).

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,72% em março em relação ao mês anterior, após registrar queda de 0,36% em fevereiro ante janeiro (dado revisado), na série com ajuste sazonal. A alta do IBC-Br de março ante fevereiro é pouco maior que mediana das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções (+0,70%). No exterior, uma série de indicadores dos EUA colocou novamente em dúvida os investidores globais.

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