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Juros de longo prazo seguem dólar em dia de Selic

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Por Renata Pedini (Broadcast)
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Os juros futuros iniciaram a quarta-feira em alta, mas logo desaceleraram e passaram a cair, marcando mínimas da sessão. O movimento está diretamente relacionado à oscilação do dólar ante o real e as variações são mais acentuadas entre as taxas de longo prazo, mais sensíveis à moeda dos Estados Unidos. As taxas de curto prazo refletem consenso entre operadores e analistas de que a Selic será elevada em 0,50 ponto porcentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central à noite."Os DIs acompanham de perto a volatilidade do dólar", disse um operador, acrescentando que a liquidez baixa no mercado de juros acentua altas e baixa e provoca distorções. "O volume está bem fraco, contribuindo para movimentos maiores de preço", afirmou.Na curva de juros, os contratos de curto prazo embutiam nesta manhã chance de o juro básico subir 50 pontos-base hoje. Para outubro, havia mais cerca de 50 pontos-base precificados e, para novembro, idem. Às 11h20, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 apontava 9,20%, igual ao ajuste de ontem."A decisão do Copom já foi antecipada e a dúvida é quanto a uma possível sinalização dos próximos passos da política monetária", escreveu a equipe da LCA Consultores em relatório a clientes. Vale lembrar que a percepção de que a Selic subirá dos atuais 8,50% para 9,00% foi reforçada após o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, alertar recentemente sobre "prêmios excessivos" na curva a termo.Entre os contratos de longo prazo, o DI para janeiro de 2017 indicava 11,51%, de 11,53% na véspera. O dólar à vista valia R$ 2,356 no balcão (-0,63%), depois de oscilar entre máxima de R$ 2,381 e mínima de R$ 2,351. A moeda norte-americana começou a perder força com novo leilão de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro) pelo Banco Central. Vale destacar que a presidente Dilma Rousseff disse nesta manhã que "não temos meta para o dólar".Os negócios com câmbio e juros também são influenciados pelas preocupações com a Síria. O presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, concordaram que todas as informações disponíveis confirmam que um ataque de armas químicas ocorreu no país árabe. Já o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu ao dividido Conselho de Segurança do organismo para se unir e levar a paz à Síria.

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