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Juros futuros abrem o dia em queda antes do Copom

Contratos futuros negociados na BM&FBovespa iniciaram a semana com baixa liquidez

Por Fernando Travaglini e da Agência Estado
Atualização:

Os contratos de juros futuros negociados na BM&FBovespa iniciaram a semana com baixa liquidez, com os investidores aguardando a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na quarta-feira. Os contratos mais curtos operam próximos da estabilidade, enquanto a parcela mais longa da curva a termo tem queda em meio ao bom humor visto nas bolsas internacionais.Às 9h20, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 tinha taxa de 8,81%, na máxima do dia, de 8,82% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2015 recuava para 9,59%, de 9,67% na sexta-feira. Na parte longa, o DI para janeiro de 2017 caía para 10,92%, de 11,04% na véspera.A dois pregões da decisão do Copom - já que terça-feira, 09, é feriado no Estado de São Paulo -, o mercado encara um inédito consenso entre economistas e investidores com relação ao anúncio de quarta-feira. Tanto a curva de juros quanto o analistas que respondem à pesquisa Focus, do Banco Central, apontam manutenção do ritmo de alta da Selic em 0,50 ponto porcentual, o que levaria a taxa básica para 8% ao ano. Dessa forma, os contratos futuros mais curtos devem oscilar pouco até lá.O BC tomará sua decisão com indicadores mostrando enfraquecimento da recuperação da economia brasileira no primeiro semestre do ano. Um dado importante só será divulgado na quinta-feira, 11, quando o IBGE anuncia os números do comércio varejista de maio. O indicador de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) relativo ao mesmo mês será publicado na sexta-feira, 12.Já a parcela intermediária da curva a termo, que reflete a estimativa dos agentes com relação ao tamanho do aperto monetário, pode oscilar ao sabor do dólar - cujo impacto para os preços ainda é incerto - e também à nova piora das expectativas inflacionárias do Focus. Os economistas que respondem ao levantamento revisaram para cima a projeção do IPCA para 2014, de 5,88% para 5,90%. O IPCA para 2013 recuou de 5,88% para 5,90% - em função da surpresa positiva com o indicador de junho.Entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 6,02%, e não mais em 6,09% como era esperado uma semana antes, e em 6,30% no próximo ano, ante 6,20% há um mês.Por fim, a ponta longa continuará reagindo ao humor internacional, com forte correlação com as Treasuries norte-americanas. Na sexta-feira, os papéis do governo dos Estados Unidos de 10 anos de prazo, que balizam o DI com vencimento em 2017, superaram o patamar de 2,70% ao ano, o que levou a taxa doméstica a romper novamente o nível dos 11%.Além do Copom, esta será mais uma semana em que os bancos centrais atrairão as atenção. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve divulga a ata do último encontro do Fomc, o comitê de política monetária norte-americano, na quarta-feira, enquanto o presidente da instituição, Ben Bernanke, discursa em conferência sobre os 100 anos do Fed. O mandatário do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, fala nesta segunda-feira. Por enquanto, os mercados internacionais mantém o otimismo, após os dados melhores do que o esperado do mercado de trabalho nos EUA, divulgados na sexta-feira, mostrarem a força da recuperação nos EUA. Os índices futuros norte-americanos apontam abertura dos pregões de Nova York no terreno positivo, enquanto as ações na Europa operam em forte alta, com a aparente solução do impasse político em Portugal.

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