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Juros futuros começam o dia em alta na BM&F

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado doméstico de juros na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) abriu o dia em alta, com o contrato de depósito interfinanceiro (DI) de janeiro de 2008 (o mais negociado) abrindo uma diferença superior a 0,20 ponto porcentual em relação ao fechamento de sexta-feira passada. Às 10h36 o DI com vencimento para janeiro de 2008 estava em 15,31%, ante 15,1 (sexta). A aversão ao risco continua sendo a tônica dos movimentos dos mercados internacionais, alimentando compras de papéis da dívida dos EUA, Japão, Alemanha e Reino Unido. Com as compras, o juro projetado pelo juro do título de 10 anos cede 0,16%, para 5,00383% ao ano. O juro de 30 anos recuava 0,12%, para 5,1210%. As bolsas asiáticas despencaram, as européias estão em queda em forte, os futuros de Nova York também estão em baixa, com as quedas dos preços dos futuros de metais e petróleo afetando ações e empresas correlatas. Dados domésticos, como a Pesquisa Focus ou o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) da segunda prévia de maio nem serão olhados pelos mercados. Só o que interessa é o cenário externo. Mas quem quiser olhar para os dados domésticos também poderá ver neles mais sinais negativos. Na Focus, as projeções para Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2006 pararam de cair (depois de baixas por sete semanas seguidas) e ficaram estáveis em 4,32%. A projeção para 12 meses à frente suavizada subiu de 4,18% para 4,20%. No Top 5 (instituições que mais acertam as previsões) médio prazo também houve alta para a projeção de IPCA/2006, de 4,31% para 4,39%. E subiram as projeções de IGP-DI, IGP-M e IPC Fipe. Também subiram as projeções de Selic para o final deste ano, de 14% para 14,25%. A segunda prévia do IGP-M de maio subiu 0,34%,dentro das estimativas dos analistas ouvidos pela AE (de 0,25% a 0,55%), mas acima da mediana das expectativas (0,30%). A alta dos juros futuros já suscitaram no mercado a idéia de que o Tesouro pode antecipar, ainda para este mês de maio, a volta das Letras Financeiras do Tesouro (LFTs, títulos pós-fixados indexados à taxa Selic). O mês soma vencimentos da ordem de R$ 30 bilhões e o Tesouro tem evitado colocar integralmente as ofertas a preços ditados pelo estresse internacional. Alguma saída, portanto, terá que imaginar para rolar os vencimentos e o mercado imagina que a volta das LFTs pode ser uma opção.

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