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Juros futuros de curto prazo fecham em queda

Os contratos com vencimento mais longo continuam pressionados com a perspectiva de novas altas da Selic

Por Denise Abarca e da Agência Estado
Atualização:

O mercado de juros repetiu o comportamento de ontem, com as taxas dos contratos de curtíssimo prazo encerrando próximas da estabilidade e os contratos futuro de Depósito Interfinanceiro (DIs) com prazo a partir de 2011 em queda. O movimento, mais uma vez, ficou atrelado ao cenário externo, onde o clima continua tenso por conta da Europa.Ao término da negociação normal da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o contrato futuro de DI com vencimento em julho de 2010 projetava 9,76%, ante 9,75% no ajuste de ontem. O contrato futuro de DI com vencimento em outubro de 2010 exibia 10,52%, de 10,55% ontem. Já o contrato futuro de DI com vencimento em janeiro de 2011 recuava de 11,03% para 10,97%, enquanto o DI com vencimento em janeiro de 2012 caía de 12,22% para 12,16%. O contrato futuro de DI com vencimento em janeiro de 2017 estava em 12,55%, ante 12,57% de ontem. "O cenário externo continua pesando sobre a parte curta, onde há desmonte de posições compradas, pois sugere que o ciclo de aperto monetário talvez seja mais brando", diz a economista Marianna Costa, da Link Investimentos. Mas esse impacto é limitado nos contratos com vencimento nos próximos meses, uma vez que os dados robustos da demanda doméstica seguem indicando que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve mesmo endossar a expectativa majoritária de novas altas de 0,75 ponto porcentual na taxa básica. No exterior, a decisão unilateral da Alemanha de proibir as operações de venda a descoberto de certos tipos de ativos continuou repercutindo mal nos mercados. À tarde, no entanto, o clima era um pouco melhor, com as bolsas desacelerando ligeiramente as perdas. No mercado brasileiro de juros, os contratos futuros de DI também reduziram as perdas.Mais cedo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,95% na segunda prévia de maio, quase o dobro do aumento de 0,50% apurado em igual prévia de abril. Os analistas esperavam um índice entre 0,90% e 1,20%.

 

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