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Juros futuros sobem com cautela ante IPCA-15

Mercado espera divulgação do índice amanhã, enquanto ainda espera desdobramentos da acusação da SEC

Por Denise Abarca e da Agência Estado
Atualização:

Após começarem a tarde perto dos níveis de ajustes de sexta-feira passada, os juros futuros encerraram a negociação normal da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) pressionados para cima, tanto nos vencimentos de depósito interfinanceiro (DI) curtos quanto nos longos. As apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central terá de ser mais agressivo na retomada do ciclo de aperto monetário, este mês, e de possivelmente ter de alongar o processo, continuaram alimentando a redução de posições vendidas.

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 Embora a pesquisa Focus não tenha sancionado a desconfiança de que a mediana das projeções para a taxa Selic em abril subiria para 9,50% ao ano, o documento também não chegou a trazer notícias boas. E, à tarde, entrou em cena a cautela com os índices de inflação que saem amanhã, sobretudo com o IPCA-15. Tudo isso em meio a um cenário externo tenso com os desdobramentos da acusação da SEC, comissão de valores mobiliários dos EUA, ao banco Goldman Sachs e dos possíveis impactos da nuvem de cinzas do vulcão na Islândia, que fechou o espaço aéreo europeu, sobre a economia.

 No final da pregão regular da BM&F, o DI com vencimento em julho de 2010 (137.890 contratos negociados hoje) projetava taxa de 9,424% ao ano, ante 9,39% no ajuste de sexta-feira; o DI de janeiro e 2011 (180.515 contratos negociados) estava em 10,74% ao ano, de 10,70% no ajuste anterior; o DI com vencimento em janeiro de 2012 (107.755 contratos negociados) subia de 11,96% para 12,01% ao ano.

 Na pesquisa Focus, analistas mantiveram a aposta de que a taxa Selic aumentará 0,50 ponto porcentual em abril e, assim, atingirá 9,25% ao término do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) dos dias 27 e 28. Isso não confirmou a suspeita de que, a partir dos dados vigorosos de atividade conhecidos na semana passada - como as vendas no varejo e os indicadores do mercado de trabalho formal (Caged) -, houvesse ajuste no levantamento, para uma Selic a 9,50%. A expectativa de Selic para o final de 2010, no entanto, subiu de 11,25% para 11,50%, mas, para o final de 2011, permaneceu em 11,25%. Também não houve deterioração na estimativa para o IPCA 2011, que continuou em 4,80%, mas a mediana de IPCA 2010 manteve a escalada e passou de 5,29% para 5,32%.

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