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Juros iniciam dia em leve queda e com baixa liquidez

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Por Renata Pedini (Broadcast)
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A agenda esvaziada de indicadores econômicos e a liquidez baixa no retorno do feriado de Natal devem fazer com que os juros futuros oscilem perto da estabilidade nesta quarta-feira, sem rumo definido. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), considerada dentro do esperado, traz viés de baixa para as taxas futuras, ao passo que a piora das expectativas para os níveis de preços no boletim Focus, do Banco Central, pressiona para cima. As negociações para evitar o abismo fiscal nos Estados Unidos também seguem no radar.Por volta das 9h40, na BM&FBovespa, o DI com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 7,15%, máxima, de 7,17% no ajuste da sexta-feira, e o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 7,82%, de 7,85% na sexta-feira. O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 8,56%, máxima, ante 8,59%, e o DI com vencimento em janeiro de 2021 projetava 9,25%, máxima, ante 9,28%. O gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, prevê que os juros futuros fiquem "de lado", na ausência de dados econômicos relevantes. "Pela falta de liquidez, o mercado de juros deve ficar lateral, bem parado."Na mesma linha, o economista-chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib, diz que não há tendência. "O mercado deve aguardar o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) do mês, que sai amanhã", afirma. "O bom IPC-S de hoje tende a fechar taxas", completa.A inflação medida pelo IPC-S na terceira quadrissemana de dezembro ficou em 0,73%, igual à variação da 2ª quadrissemana. A Fundação Getulio Vargas (FGV) também informou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,1% em dezembro ante novembro e que o Nível de Utilização da Capacidade da Indústria (Nuci) avançou de 84% em novembro para 84,1% em dezembro, na série com ajuste sazonal, de acordo com a Sondagem Industrial deste mês.Na pesquisa Focus, divulgada na segunda-feira, o mercado financeiro voltou a revisar para baixo as estimativas para o crescimento econômico no próximo ano, ao mesmo tempo que as estimativas para a inflação no período seguiram em sentido contrário. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 recuou pela sexta semana consecutiva, passando de 3,40% para 3,30%. Já a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano que vem em 5,47% - ante 5,42% previstos na semana anterior.No exterior, as negociações para evitar que a economia dos EUA caia no abismo fiscal em 2013 devem ser retomadas apenas na quinta-feira. O presidente norte-americano, Barack Obama, interrompe o descanso de fim de ano no Havaí e chega à capital do país na manhã da quinta, quando o Congresso também volta às atividades.

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