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Juros recuam com Ibope e queda do dólar

Por ÁLVARO CAMPOS
Atualização:

Os juros futuros abriram em queda nesta quarta-feira, 27, assim como o dólar, com os ativos brasileiros se ajustando aos números divulgados na terça-feira, 26, pelo Ibope sobre a corrida presidencial. A chance cada vez maior de uma vitória da oposição anima os investidores, que discordam das políticas econômicas adotadas pelo governo de Dilma Rousseff (PT). Entretanto, os prêmios embutidos na curva já estão baixos, o que limita novas quedas as taxas.Por volta das 9h40, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,81%, exatamente no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 apontava 11,25%, de 11,26%. O contrato para janeiro de 2017 indicava 11,32%, de 11,34%. E o janeiro 21 mostrava 11,34%, ante 11,38% no ajuste anterior.Conforme o Ibope, Marina Silva (PSB) se descolou de Aécio Neves (PSDB) e aparece com 29% das intenções de voto, contra 19% do tucano. Nesse cenário, Dilma segue na liderança, com 34%. Já em uma simulação de segundo turno, a petista seria derrotada por Marina, com 45% ante 36%. Com o noticiário político no foco local, os investidores recebem uma nova pesquisa eleitoral, da CNT/MDA, às 10h30.Já o debate entre os candidatos à Presidência, na terça-feira, 26, pela TV Band, foi realizado sob o impacto dos números do Ibope e, de um modo geral, Dilma evitou Marina, enquanto Aécio tentou desgastar a ex-ministra do Meio Ambiente.Um operador lembra que a expectativa pela pesquisa Ibope, ontem, promoveu uma importante desinclinação da curva a termo, com os vencimentos entre janeiro de 2016, 2017 e 2021 achatando os prêmios e resultando em uma diferença muito pequena nos níveis de taxa. Para ele, o fato de a estrutura dos juros futuros estar "flat", sem inclinação, mostra que a percepção entre os agentes financeiros é de que um governo oposicionista caminharia para um ajuste da economia pelo lado fiscal, com a taxa Selic ficando onde está.Nesta quarta-feira, 27, o IBGE informou que o índice de preços ao produtor (IPP) registrou queda de 0,29% em julho, após a variação de -0,16% em junho, conforme dado revisado. O indicador acumula altas de 0,61% no ano e de 3,45% em 12 meses. Já a FGV mostrou que o índice de confiança da indústria caiu 1,2% em agosto ante julho, na oitava retração consecutiva, que o manteve no menor nível desde abril de 2009.

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