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Juros recuam no final da sessão com fatores técnicos

Por Denise Abarca e da Agência Estado
Atualização:

Os juros futuros encerraram o pregão em baixa, consolidada nos minutos finais da negociação normal. A alta vista pela manhã começou a perder força no início da tarde e os contratos passaram a sessão vespertina perto da estabilidade. A pouco minutos das 16 horas, as taxas engataram queda, refletindo fatores técnicos, mais especificamente a redução de posições compradas por parte de bancos locais.

 

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As projeções para os contratos futuros de depósito interfinanceiro (DIs) com vencimento em janeiro de 2011 (227.110 contratos) cedia a 10,24%, de 10,27% ontem; o DI com vencimento em julho de 2010 (42.830 contratos) recuava de 9,18% para 9,15%; o DI com vencimento em janeiro de 2012 (60.285 contratos) projetava 11,45% (mínima) de 11,47%.

 Até esse movimento final, o mercado passava a tarde em banho-maria, aparentemente à espera do feriado de carnaval. O noticiário do dia esteve concentrado na primeira parte dos negócios, com destaque para o anúncio da China de que elevará o compulsório em 0,5 ponto porcentual a partir do próximo dia 25. Na zona do euro, foram divulgados PIB de vários países e somente o resultado da França foi um pouco melhor no quarto trimestre (+0,6%): Portugal e Alemanha, estáveis; Itália, -0,2%; e Grécia, -0,8%. Na região do euro, a economia ficou praticamente no zero a zero no último trimestre do ano passado, registrando expansão de 0,1%.

 Outros focos de atenção no exterior foram a queda no índice de sentimento do consumidor dos EUA, divulgado pela Reuters e Universidade de Michigan, de 74,4 em janeiro para 73,7 em fevereiro, contrariando a previsão de alta para 75,0; assim como a elevação do custo do seguro da dívida soberana de Dubai contra default (calote). O custo subiu para o nível mais alto desde novembro do ano passado. De acordo com a CMA DataVision, o spread (prêmio) dos contratos de cinco anos dos swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) de Dubai subiram 50 pontos-base, para 636 pontos-base.

 No Brasil, o IGP-10 de fevereiro veio robusto, a exemplo da primeira prévia do IGP-M do mês também divulgada esta semana. O índice subiu 1,08% em fevereiro após avançar 0,20% em janeiro e ficou dentro das previsões (0,65% a 1,30%), mas acima da mediana (0,99%).

 

 

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