PUBLICIDADE

Publicidade

Juros sobem; cenário externo impõe realização de lucros

Por Agencia Estado
Atualização:

No dia da primeira etapa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o cenário externo é que define o humor por aqui. A divulgação do índice de preços ao produtor norte-americano (PPI) reforçou o movimento de realização de lucros que o mercado local vinha exibindo desde o pregão eletrônico de ontem à tarde. Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA aceleraram a alta, reforçando a cautela por aqui. O mercado de juros já abriu o dia exibindo disposição em reduzir a exposição ao risco, na expectativa pelos indicadores norte-americanos. O PPI é um deles, mas a grande expectativa, na verdade, é com o índice de preços ao consumidor (CPI), que sai amanhã. Profissionais disseram que, ainda que o PPI viesse melhor do que o esperado, a recuperação do mercado seria modesta, porque ainda haveria alguma cautela por causa dos números dos próximos dias. O comportamento dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) mostrou exatamente isso. As taxas sobem no pregão eletrônico e mantiveram a toada após a divulgação do PPI. Mas, reforçam profissionais, a liquidez continua estreita e os ajustes estão longe de mostrar uma mudança na tendência. "O mercado precisava reduzir exposição e aproveitou este momento de expectativa pelos indicadores norte-americanos e pelo Copom para fazer isso. Mas é um movimento normal e pontual", defende um operador. Segundo profissionais, continua vigorando a aposta de que o Copom tem todos os motivos para cortar a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual na reunião que termina amanhã. E de que deve haver mais alguma redução, entre 0,25 ponto e 0,5 ponto, na reunião do final de novembro. "Só não deve haver uma corrida por apostas de última hora e queda de taxa porque os ajustes já foram feitos nos últimos dias", diz um operador. Às 9h55, no final do pregão eletrônico GTS da BM&F, o DI com vencimento em janeiro de 2008 tinha taxa de 13,32% ao ano, ante fechamento ontem a 13,28%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.