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Juros têm pregão de alta, ainda repercutindo Tombini

Por Marcio Rodrigues e da Agência Estado
Atualização:

As taxas futuras de juros tiveram mais um dia de alta nesta segunda-feira, 20, ainda na esteira das declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, da quinta-feira, 16, quando ele afirmou que agirá com a devida "tempestividade" para manter a inflação em queda no segundo semestre e em 2014. Além disso, a reavaliação de cenário feito pela equipe econômica do Itaú Unibanco, que passou a esperar mais duas altas de 50 pontos-base e uma terceira de 25 pontos, com aperto total de 150 pontos-base para a Selic, também pesou no movimento. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (121.155 contratos) marcava máxima de 7,53%, de 7,52% no ajuste de sexta-feira. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (372.165 contratos) apontava 8,13%, de 8,10% na sexta-feira. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (155.455 contratos) indicava 8,56%, de 8,52%. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (125.065 contratos) marcava máxima de 9,22%, ante 9,12% no ajuste e o DI para janeiro de 2021 (8.375 contratos) estava em 9,83%, de 9,73% no ajuste anterior."O mercado ainda opera na esteira das declarações mais duras de Tombini, na quinta-feira. Mas ninguém puxa muito as taxas devido à expectativa em relação aos sinais que o próprio Tombini pode trazer amanhã", afirmou um operador, referindo-se à participação do presidente do Banco Central em audiência na Câmara dos Deputados, na terça-feira.Segundo outra fonte, o fato de o Itaú Unibanco ter revisto suas expectativas para a Selic também ajudou no acúmulo de prêmios. A instituição prevê um IPCA de 5,6% em 2013, praticamente igual aos 5,7% estimados em fevereiro passado, e avalia que a taxa Selic ficará em 8,75% ao ano, ante 7,25% no levantamento anterior.Entre os dados divulgados nesta segunda-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que a segunda prévia do IGP-M de maio teve alta de 0,01%, acima da mediana das expectativas (-0,01%), mas abaixo da taxa de 0,28% registrada na segunda prévia de abril. Já o boletim Focus mostrou pela primeira vez uma projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano abaixo de 3%, em 2,98%.

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