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Juros terminam quase estáveis à espera de PIB e Copom

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (460.790 contratos) marcava 7,57%, de 7,56% no ajuste anterior

Por Marcio Rodrigues e da Agência Estado
Atualização:

Num dia de agenda doméstica fraca e de feriado nos Estados Unidos e no Reino Unido, as taxas futuras de juros passaram o pregão esta segunda-feira oscilando ao redor do ajuste, ora em leve alta, ora em discreta queda. Foi nesse ritmo que o mercado terminou essa sessão, mas de olho nesta quarta-feira, 29, quando saem o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, pela manhã, e a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), depois do fechamento dos negócios. Por enquanto, investidores mantiveram as posições majoritárias numa alta de 0,5 ponto porcentual agora, com um aperto total estimado entre 1,25 ponto e 1,5 ponto.

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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (460.790 contratos) marcava 7,57%, de 7,56% no ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (222.500 contratos) apontava 8,15%, igual a sexta-feira, 24. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (136.220 contratos) indicava 8,60%, idêntico ao anterior. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (47.110 contratos) marcava 9,37%, ante 9,35% na sexta-feira, e o DI para janeiro de 2021 (apenas 715 contratos) estava na máxima de 10,03%, ante 9,99% no ajuste anterior.

"Hoje (27), só temos o giro do dia a dia. O grande pregão será na quarta-feira, com o resultado do PIB logo cedo. Se o PIB vier fraco, muita gente deve voltar a apostar em 0,25 ponto porcentual. Se o resultado for forte, as apostas podem migrar totalmente para 0,5 ponto porcentual, uma vez que o BC ficaria mais confortável para prosseguir com o aperto olhando apenas para inflação", afirmou um operador.

Os indicadores divulgados na manhã desta segunda acabaram em segundo plano. A pesquisa Focus mostrou ligeira piora da projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2013, que passou de 5,8% para 5,81%. Os economistas consultados na pesquisa Focus mantiveram a previsão para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2013 em 8,25% ao ano, mas a mediana das projeções subiu de 8,25% para 8,50% ao ano para o fim de 2014. Já a estimativa para o PIB de 2013 caiu novamente, de 2,98% para 2,93%.

Pelo lado técnico, às vésperas da reunião do Copom, os investidores que atuam como pessoa física na BM&FBovespa fizeram movimento brusco e aumentaram a posição vendida em juros na sexta-feira. Antes, na quinta-feira, 23, esse grupo mostrava uma posição neutra. Com isso, os investidores pessoa física passaram a apostar numa alta da Selic menor do que estima o mercado.

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