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Lucro da Arcelor Brasil cai para R$ 509 mi no segundo trimestre

Por Agencia Estado
Atualização:

A Arcelor Brasil registrou lucro líquido de R$ 509,179 milhões no segundo trimestre deste ano, uma queda de 45% sobre os R$ 920,378 milhões de igual período de 2005. A receita líquida caiu 9%, para R$ 3,459 bilhões, e o lucro bruto recuou 33%, para R$ 1,110 bilhão. A margem bruta diminuiu de 44% para 32%, e a líquida passou de 24% para 15%. O lucro operacional caiu 41,49%, para R$ 715,462 milhões. Em comentário sobre o resultado, a empresa diz que fechou o trimestre com Ebitda (ganho antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,043 bilhão, uma queda de 34%, mas um aumento de 9% em relação ao primeiro trimestre deste ano. Essa alta é resultado principalmente da recuperação observada nos preços internacionais para os produtos planos, do redirecionamento das vendas de determinados itens entre os mercados externo e interno e da melhoria do mix. "O reajuste do preço do minério de ferro, negociado ao longo do segundo trimestre de 2006 (+19%), retroagiu a janeiro de 2006 e, portanto, o seu impacto no trimestre foi cumulativo", diz a companhia. Outros importantes insumos como o ferro-gusa e o zinco também sofreram aumentos significativos. Europa Na Europa, o grupo siderúrgico Arcelor obteve lucro líquido de 653 milhões de euros (US$ 832,08 milhões) no segundo trimestre, com recuo de 14% frente aos 761 milhões de euros do primeiro trimestre. No semestre, a siderúrgica registrou lucro líquido de 1,41 bilhão de euros, queda de 28% na comparação com igual período de 2005 (1,97 bilhão de euros). A receita nos primeiros seis meses do ano, porém, subiu 19%, passando de 16,82 bilhões de euros para 19,99 bilhões de euros. Já a indiana Mittal anunciou lucro líquido de US$ 1,02 bilhão no segundo trimestre, com alta de 37% em relação aos US$ 743 milhões registrados nos primeiros três meses do ano. As vendas do grupo cresceram 9,5% nas mesmas bases de comparação, de US$ 8,43 bilhões para US$ 9,23 bilhões. A Arcelor atribuiu a queda nos lucros à alta recorde nos preços da matéria-prima, fator que foi compensado pela forte demanda e aumento nos preços do aço. O grupo com sede em Luxemburgo se mostrou otimista sobre o mercado de aço para o restante do ano, notando que a demanda está em alta e as importações de aço na União Européia e EUA "têm aumentado significativamente". Em comunicados separados, as duas companhias informaram que o grupo combinado (Arcelor/Mittal) teria divulgado lucro líquido pró-forma de 1,31 bilhão de euros no segundo trimestre, com avanço de 6,5% frente ao 1,23 bilhão de euros do primeiro trimestre. A receita no período atingiu 17,85 bilhões de euros, com alta de 3% em relação aos 17,34 bilhões de euros do primeiro trimestre. Ambas observam condições favoráveis de mercado no terceiro trimestre, com Ebitda pro-forma subindo para entre 3,1 bilhões de euros e 3,3 bilhões de euros. Para o ano, as duas empresas estimam Ebitda pro-forma entre 12 bilhões de euros e 12,5 bilhões de euros. "Os números pro-forma refletem a escala e o escopo da nova companhia", disse o executivo-chefe da Mittal Steel, Lakshmi Mittal. "A Arcelor Mittal terá um maior equilíbrio de negócios e o modelo financeiro, considerando produtos melhores e a diversidade geográfica". A Mittal, como a Arcelor, se mostrou confiante de que a demanda por aço está em alta, citando a recuperação do mercado asiático. As informações são da Dow Jones.

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