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Lucro da InBev mais que dobra no 4º trimestre de 2006

Por Agencia Estado
Atualização:

A belga InBev, maior cervejaria do mundo em volume, anunciou lucro líquido de 371 milhões de euros (US$ 490 milhões) no quarto trimestre do ano passado. O desempenho representa mais que o dobro (125%) do obtido nos últimos três meses de 2005, quando o grupo lucrou 165 milhões de euros. O avanço é atribuído à forte demanda por cerveja em mercados emergentes como Brasil, onde atua por meio da AmBev, e Rússia. O Ebitda cresceu 12% nas mesmas bases de comparação, passando de 1,01 bilhão de euros para 1,18 bilhão de euros. Em comunicado, a fabricante da Stella Artois, Becks e Leffe afirmou ter atingido a meta - estabelecida em 2004 - de margem Ebitda de 30% nas vendas um ano antes do previsto. No trimestre, a margem ficou em 31,9%. Ao divulgar o balanço, a InBev apresentou dados pouco objetivos para 2007 e não fez comentários sobre especulações de fusão com a norte-americana Anheuser-Busch. A companhia considera que há oportunidades significativas para uma expansão ainda maior da margem, mas o executivo-chefe Carlos Brito também alertou que existem "muitos desafios no futuro". Durante teleconferência, o diretor financeiro do grupo belga, Felipe Dutra, disse que esses desafios incluem a alta no custo de matérias-primas como cevada para cerveja e vidro e alumínio no caso das embalagens. Em 2007, o impacto de preços maiores provavelmente será entre 120 milhões de euros e 130 milhões de euros. A cervejaria também enfrenta dificuldades na Coréia do Sul, onde os volumes de venda diminuíram 2,5% no período e o market share caiu 2,2 pontos porcentuais, acrescentou Dutra. A receita do grupo subiu 8,2% no trimestre, de 3,24 bilhões de euros para 3,59 bilhões de euros. O avanço contou com uma maior contribuição das vendas na América Latina, onde a companhia concentra mais da metade de seus negócios. As vendas apresentaram crescimento orgânico de 10%, de 1,35 bilhão de euros para 1,56 bilhão de euros. As aquisições na China também impulsionaram os resultados. No ano passado, a companhia comprou a Fujian Sedrin, se posicionando entre as maiores cervejarias do país. Na região Ásia-Pacífico, as vendas subiram 6,8%, de 164 milhões de euros para 223 milhões de euros. Outra região onde o grupo registrou resultados sólidos foi a Europa Central e Oriental, com crescimento orgânico de 18% no trimestre, para 9,7 milhões de hectolitros. A forte exposição da InBev em mercados emergentes compensou a estagnação do crescimento na Europa Ocidental - onde se observa uma migração dos consumidores de cerveja para o vinho. Os volumes caíram 1,9% no quarto trimestre e 0,5% no acumulado do ano. O grupo propôs dividendo de 0,72 euro por ação para 2006, o que representa salto de 50% ante o ano anterior - quando os acionistas receberam 0,48 euro por ação. As informações são da Dow Jones.

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