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Maioria das bolsas europeias fecha em baixa

 Sessão foi esvaziada por feriado nos Estados Unidos e por ausência de indicadores macroeconômicos relevantes

Por Sergio Caldas e da Agência Estado
Atualização:

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, após operarem dentro de margens estreitas numa sessão esvaziada pelo feriado do Dia do Presidente nos EUA e pela ausência quase total de indicadores macroeconômicos relevantes. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com queda de 0,20%, aos 286,76 pontos.Os mercados acionários do continente europeu operaram sem força nesta segunda-feira e iniciaram o pregão mostrando tendência baixista após o G-20 ter divulgado, no fim de semana, o que foi considerado um comunicado ameno contra a suposta guerra cambial. No sábado, após dois dias de reunião de cúpula, os ministros de finanças e presidentes dos bancos centrais das 20 maiores economias do planeta se comprometeram, teoricamente, a não embarcar em uma guerra cambial global e também reconheceram a necessidade de atenuar os efeitos negativos das políticas econômicas domésticas sobre o câmbio de outros países.No texto do comunicado, os países do G-20 prometeram "se abster de desvalorizações competitivas" e "evitar desalinhamentos persistentes nas taxas de câmbio". Porém, apesar da pressão de emergentes como o Brasil, prevaleceu a posição menos agressiva vista dias antes em documento do G-7. Não houve qualquer menção explícita ao termo "guerra cambial". Desta forma, o principal ator recente da disputa de moedas, o Japão, foi poupado das críticas e, na verdade, acabou recebendo apoio ao esforço para reanimar sua economia e evitar a deflação.Em discurso mais cedo, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, disse que a taxa de câmbio não é uma meta política e que a situação na zona do euro permanecerá frágil até que haja crescimento.O único dado de peso divulgado nesta segunda-feira foi o superávit em conta corrente da zona do euro, que voltou a superar as expectativas em dezembro, atingindo 13,9 bilhões de euros (US$ 18,5 bilhões). Analistas consultados pela Dow Jones previam um superávit menor, de 11,5 bilhões de euros.Em Londres, o índice FTSE 100 teve uma ligeira perda de 0,16%, terminando o dia aos 6.318,19 pontos, após um pregão volátil e de variações modestas. O destaque foi a mineradora Anglo American, cujos papéis recuaram 2,8% após a notícia de que uma briga entre funcionários numa mina sul-africana da empresa deixou 13 feridos.No mercado espanhol, o índice Ibex 35 caiu 0,51%, para 8.108,90 pontos, pressionado por resultados corporativos fracos e uma venda de ações disparada em Madri pelo anúncio de que a Telefónica terá um encargo de 438 milhões de euros sobre seus ganhos de 2012 para refletir o impacto da recente desvalorização cambial na Venezuela. No setor financeiro, Santander e BBVA recuaram 0,6% e 0,4%, respectivamente.Em Milão, o principal índice de ações italianas, o FTSE Mib, também registrou queda de 0,51%, para 16.406,03 pontos, num dia de liquidez reduzida. Saipem teve a maior perda, de 3%, e Telecom Italia apresentou o melhor desempenho, com alta de 1,5%. Em Lisboa, o índice PSI 20 perdeu 0,45%, para 6.098,76 pontos.As exceções desta segunda-feira foram as bolsas de Frankfurt, com o índice DAX subindo 0,46%, para 7.628,73 pontos, e a de Paris, cujo índice CAC 40 mostrou um pequeno ganho de 0,18%, encerrando a sessão aos 7.628,73 pontos.Entre bolsas europeias menores, a de Atenas teve uma perda considerável de 1,7%, com o índice ASE fechando aos 1.026,81 pontos. As informações são da Dow Jones.

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