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Mercados da Europa sobem de olho em novas medidas do BCE

Clima de instabilidade foi reforçado pela notícia de que o Reino Unido elevou o nível de alerta para ameaça terrorista

Por Francine De Lorenzo e COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES
Atualização:
Expectativa de que o Banco Central Europeu adote novas medidas para impulsionar a zona do euro voltou a influenciar os investidores Foto: Reuters

O dia foi de volatilidade nas bolsas da Europa, que, depois de operar durante grande parte do pregão em campo negativo, encontraram força para encerrar os negócios em alta. O clima de instabilidade geopolítica foi reforçado pela notícia de que o Reino Unido elevou o nível de alerta para ameaça terrorista no país de "substancial" para "severo". Segundo o premiê britânico, David Cameron, o Estado Islâmico representa um risco bem maior do que o esperado e não há dúvidas de que a Europa é um alvo do grupo.

Passado o primeiro impacto, no entanto, a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) adote novas medidas para impulsionar a zona do euro voltou a influenciar os negócios, amenizando também as preocupações em relação à crise na Ucrânia. O mercado segue atento à possibilidade de novas sanções à Rússia, que podem influenciar os negócios de empresas listadas nas bolsas.

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A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,20%, com o FTSE-100 aos 6.819,75 pontos; o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt teve elevação de 0,08%, para 9.470,17 pontos; o CAC-40 da Bolsa de Paris, se valorizou em 0,34%, aos 4.381,04 pontos; o Ibex-35, de Madri, teve ganho de 0,06%, para 10.728,80 pontos; o FTSE-MIB, de Milão, subiu 0,54%, para 20.450,49 pontos; e o PSI-20, de Lisboa, avançou 0,60%, para 5.942,78 pontos.

As especulações de novos estímulos à economia europeia foram alimentadas depois que a Eurostat, a agência de estatísticas do bloco, informou que a inflação na zona do euro subiu apenas 0,3% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2013. Já a taxa de desemprego na região ficou estável entre junho e julho, em 11,5%, mantendo-se no menor nível desde setembro de 2012.

O assunto permeou as operações na Europa durante toda a semana e garantiu resultados positivos às bolsas. Nesta semana, Londres acumulou alta de 0,66% e fechou o mês com 0,18% de ganhos. Em Paris, o avanço na semana foi de 3,02% e de 0,35% no mês. Em Frankfurt, apesar da valorização de 1,40% na semana, o índice DAX recuou 1,90% no mês. O mesmo aconteceu em Madri (alta de 2,18% na semana e queda de 1,58% no mês), Milão (alta de 2,67% na semana e queda de 3,01% no mês) e Lisboa (alta de 4,38% na semana e queda de 6,92% no mês).

Neste pregão, a Fiat foi destaque, depois de sinalizar que a fusão com a Chrysler está perto de ser concretizada. Segundo a companhia, a maioria dos acionistas decidiu não exercer uma opção que poderia inviabilizar o plano de união das empresas. A notícia manteve as ações da Fiat estáveis em Milão.

Já em Frankfurt, os papéis da companhia aérea Lufthansa caíram 1,38%, diante da possibilidade de greve estendida de pilotos em sua controlada Germanwings.

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